Acabou nesta segunda-feira (20), em Santiago, a melhor participação do tênis de mesa brasileiro em Jogos Parapan-Americanos. No total foram conquistadas 38 medalhas (13 ouros, 13 pratas e 12 bronzes), um recorde histórico. A marca anterior pertencia aos Jogos de Toronto, em 2015, com 30 conquistas. Dos 26 integrantes da delegação do Brasil, 24 voltam para casa com pelo menos uma medalha na bagagem.
As duplas femininas asseguraram mais duas medalhas de ouro ao Brasil nesta tarde de segunda-feira durante os Jogos Parapan-Americanos. Uma já era certa, na final doméstica da Classe WD5-10 entre Cátia Oliveira e Joyce de Oliveira contra Marliane Santos e Thais Severo, com a primeira dupla vencendo em sets diretos. A segunda veio na Classe WD14-20, onde Danielle Rauen e Jennyfer Parinos dominaram completamente as chilenas Ailyn Espinoza e Joseline Yevenes, também vencendo por 3 a 0.
Nas duplas masculinas, Gabriel Antunes e Jean Mashki conquistaram a medalha de ouro da Classe MD18, ao vencerem os chilenos Claudio Bahamondes e Manuel Echaveguren após cinco emocionantes sets. Os atletas da casa deram o troco nas Classes MD8 e MD14, deixando as duplas Lucas Arabian/Fabio Souza e Israel Stroh/Paulo Salmin com a medalha de prata.
E no duelo entre duplas mistas brasileiras, Cátia Oliveira e Lucas Arabian levaram a melhor sobre Eziquiel Babes e Thais Severo, na decisão da Classe XD4-7. As demais decisões mistas foram contra chilenos. Joyce de Oliveira e Fabio Souza venceram a Tamara Leonelli e Maximiliano Rodriguez na Classe XD10. Danielle Rauen e Gabriel Antunes superaram a Manuel Echaveguren e Ailyn Espinoza na XD20.
O único revés veio com Israel Stroh e Jennyfer Parinos na XD14. Chegaram a abrir dois sets sobre os chilenos Ignacio Torres e Florencia Pérez, mas foram superados de virada.
No tênis de mesa paralímpico, as classes são definidas da seguinte forma: os atletas são divididos em 11 classes distintas, sendo 10 para deficiência física e uma para deficiência intelectual. Para deficiência física, vale a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.
Dessa forma, as classes 1 a 5 são para cadeirantes; as classes 6 a 10 para andantes e a 11 é para andantes com deficiência intelectual.