O interinato de Fernando Diniz no comando da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo foi encerrado nesta terça-feira (21) com a derrota para a Argentina, por 1 a 0, no Maracanã. Com apenas duas vitórias em seis jogos, o treinador admitiu que os resultados em sua gestão foram "muito ruins", mas deixou uma avaliação de que vê o Brasil em processo de evolução e chegou a dizer que a partida contra os argentinos foi a melhor da equipe brasileira sob seu comando.
— Acho que em termos de processo para o futuro foram extremamente válidos. Inclusive perder para poder saber o que faz na hora que perde, como é que amadurece o time. Se analisar em termos de resultados, é muito ruim. Somente agora perder três jogos seguidos, e já vinha de um empate com a Venezuela. Em termos de desempenho oscilamos, acho que a partida mais estável foi hoje (terça-feira) mesmo. Contra a Bolívia também, mas foi um outro cenário, as coisas fluíram de uma maneira. Em termos de conteúdo tático, de entendimento daquilo que a gente quer, talvez hoje ter sido o melhor jogo — analisou o treinador.
Diniz ainda ressaltou o processo de renovação pelo qual passa o Brasil. Ele apontou que a Argentina teve um time formado quase todo por jogadores que estiveram na Copa do Mundo – do time que começou apenas Lo Celso não esteve no Catar – enquanto a Seleção Brasileira conta com uma nova formação.
— Eu vou falar a mesma coisa que falei quando o Fluminense ganhou a Libertadores: você não pode achar que a vida é só estatística, se ela for só estatística está tudo muito ruim. Mas se a gente analisar como um processo de mudança, de jogadores, teve muitas coisas. Tivemos três jogadores que disputaram a última Copa do Mundo - na verdade seis atletas que iniciaram estavam no Catar iniciaram contra a Argentina: Alisson, Marquinhos, Bruno Guimarães, Raphinha, Rodrygo e Gabriel Jesus -, a Argentina teve quase um time completo. E jogando assim, com confiança plena, porque se a Argentina perdesse hoje, como perdeu do Uruguai, tinha uma aceitação do público diferente. Então, o desempenho está oscilando. Contra a Colômbia eu falei que jogamos boa parte do tempo melhor. E quando a gente fala não tem um impacto grande. O treinador da Argentina assistiu ao mesmo jogo que eu, ele concordou — pontuou.