A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) lançou, na noite desta segunda-feira (2), a campanha Protocolo Zero: Fim de Jogo para o Racismo. O projeto consiste na promoção de ações educativas com o objetivo de combater a desigualdade racial.
— Surgiu a necessidade de buscarmos uma parceria com as entidades que poderiam nos ensinar a questão da conduta antirracista. Foi aí que surgiu a parceria com a Odabá. Com esse projeto, vamos, de uma forma efetiva, tratar e atacar a questão racial dentro do nosso futebol — destacou o presidente da FGF, Luciano Hocsman.
A Odabá, que estará à frente da conscientização sobre o tema, é uma associação que visa promover a ascensão econômica do povo negro através do afroempreendedorismo.
— Queremos saber se vocês estão prontos para nos ouvir? Voz nós já temos. Nós queremos (a participação de) toda a comunidade do futebol, esse esporte tão importante. Queremos saber se a comunidade está pronta para nos ouvir. Estamos comprometidos em fazer um trabalho de excelência — ressaltou a presidente da Odabá, Kênia Aquino.
Hocsman foi direto ao falar a respeito da expectativa pela efetividade da proposta.
— Temos como meta, que é ousada, zerar efetivamente os casos de racismo nos estádios do Rio Grande do Sul. Vamos trabalhar para que isso aconteça — concluiu.
Entre as primeiras ações, está a publicação de uma cartilha digital com um letramento básico por um futebol antirrascista. No documento, destaque para o cultura do povo negro, dicas de livros, vídeos e filmes, entre outras informações. A publicação será distribuída, primeiramente, para as categorias de base dos clubes do Rio Grande do Sul.
No próximo domingo (8), durante o Gre-Nal 440, no Beira-Rio, a FGF fará uma ação para divulgar a iniciativa.