A advogada da recepcionista do apart hotel em Santos (SP) onde morava Paulo Roberto Falcão disse que o ex-coordenador de futebol do Santos teria encostado o órgão genital no braço de sua cliente duas vezes em três dias. Em entrevista ao G1, Pâmela Mendes afirmou que as ações teriam ocorrido na quarta-feira (2) e na sexta-feira (4).
Nas ocasiões, Falcão teria entrado em área restrita a funcionários para ter contato com a suposta vítima. Depois do caso vir à tona na sexta-feira, o ex-jogador pediu demissão do cargo de coordenador de futebol no Santos F.C.
Segundo Pâmela, Falcão teria iniciado conversas sobre objetos na mesa enquanto se aproximava da recepcionista, que estava sentada. Nesse momento, teria encostado o órgão genital no braço dela. A advogada disse ainda que a cliente está abalada e "só teve coragem de fazer o boletim de ocorrência porque outras pessoas que viram afirmaram que, realmente, ele agiu com importunação. Não foi um descuido".
Pâmela afirmou ainda que a suposta vítima tem 26 anos e trabalha desde o início de 2023 no apart hotel, localizado no bairro Aparecida, em Santos. A advogada destacou também que a jovem nunca teve contato íntimo com o ex-jogador além da rotina profissional no condomínio, e que a decisão de ir até uma delegacia fazer um registro do caso ocorreu após o segundo episódio. Na primeira vez, narrou ela, a funcionária "achou que poderia ser um descuido dele. Na segunda, sentiu realmente que foi uma importunação".
Falcão nega acusação
O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos. Por meio de nota publicada no final da tarde desta última sexta-feira em redes sociais, Falcão anunciou a própria demissão do Santos, e negou as acusações de importunação sexual.
"Sobre a acusação feita nesta sexta-feira, que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu", escreveu Falcão.