Foi revelado nesta segunda-feira (24) o nome de um dos três presos na segunda fase da Operação Penalidade Máxima. A informação foi divulgada pelo Estadão, que citou o empresário Bruno Lopez de Moura como sendo, segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o líder da organização criminosa investigada por suposta manipulação de resultados de jogos das Séries A e B do Brasileirão.
De acordo com o jornal, Moura, que é dono da BC Sport Management, que agencia jogadores, foi preso preventivamente, ou seja, sem a previsão de soltura. Na denúncia do MP-GO, do qual o Estadão teve acesso, a forma de atuação de grupo é detalhada:
“Trata-se de atuação especializada visando o aliciamento e a cooptação de atletas profissionais (jogadores) para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em sites do ramo, como www.bet365.com e www.betano.com”, diz o trecho revelado pela publicação.
Entenda a Operação Penalidade Máxima
O Ministério Público de Goiás deflagrou no começo de fevereiro a operação para investigar um grupo especializado em fraudar resultados de jogos. Em um primeiro momento, envolvia apenas partidas da Série B do Brasileirão de 2022, mas a segunda fase apurou que jogos da Série A do ano passado e de Estaduais deste ano também teriam apostas encomendadas.
A segunda fase foi deflagrada no dia 18 de abril. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis Estados. Entre eles o Rio Grande do Sul, com três diligências: em Pelotas, Erechim e Santa Maria.