Atual número 1 do mundo, Novak Djokovic está fora do Masters 1000 de Indian Wells, que terá a disputa das primeiras qualificatórias nesta segunda-feira (6). O sérvio passou as últimas semanas tentando conseguir uma liberação especial para entrar nos Estados Unidos mesmo sem estar vacinado contra a covid-19, mas, embora estivesse sendo apoiado pela organização do US Open Series e pela Associação de Tênis dos EUA (USTA), teve o pedido negado pelo governo americano.
A retirada de Djokovic do torneio foi oficializada no final da noite de domingo pela organização do evento. Durante o final de semana, o senador americano Rick Scott já havia antecipado que o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos havia negado a licença especial ao tenista. Scott e o colega senador Marco Rubio defendiam a liberação e chegaram a enviar uma carta ao presidente Joe Biden.
— Parece ilógico e desalinhado com as opiniões de seu próprio governo a decisão de não conceder a Djokovic a licença que ele solicita para que possa viajar para os EUA para competir em um evento profissional — afirmam os senadores na carta, compartilhada por Scott nas redes sociais. Eles também argumentam que Djokovic é "um atleta mundial de primeira classe no auge de sua condição física que não corre risco de complicações severas da covid-19".
Na última revisão das restrições para a contenção da covid-19, o governo americano determinou que a exigência de comprovante de vacina para turistas entrarem no país será mantida pelo menos até dia 11 de maio. Ciente da restrição, Djokovic começou a se movimentar nos bastidores para conseguir o visto e chegou a se mostrar otimista de que teria sucesso na empreitada.
Liberação na Austrália
O sérvio foi centro de grande polêmica em janeiro de 2022 ao ser impedido de disputar o Aberto da Austrália por não ter se vacinado. Além disso, foi deportado do país oceânico e banido de voltar por três anos. Também foi impedido de disputar o Masters 1000 americano, assim como o Aberto dos EUA.
No final de dezembro, foi liberado da proibição de voltar à Austrália, onde o comprovante de vacinação já não é mais obrigatório, por isso pôde disputar o Grand Slam do país. Foi o campeão e celebrou o 22º título de um major, igualando o recorde do rival Rafael Nadal.
Djokovic esperava disputar o torneio de Indian Wells para ter a chance de ultrapassar Nadal e se tornar o maior campeão do campeonato. Atualmente, os dois dividem o posto, cada um com cinco títulos. O número 1 do mundo vive uma ótima temporada e teve, no final de semana, sua primeira derrota do ano, ao perder a semifinal do Aberto de Dubai para Daniil Medvedev.