Diante do presidente da Fifa, Gianni Infantino, o 76º Congresso da Conmebol fez uma defesa fervorosa e pediu apoio unânime à candidatura conjunta de Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile para organizar a Copa do Mundo de 2030, em homenagem ao centenário da primeira, que foi disputada em território uruguaio.
Em meio à assembleia e na presença do chefe do futebol mundial, os delegados dos 10 países sul-americanos ficaram em frente a suas cadeiras e ergueram com as duas mãos camisas com a frase "Juntos 2030 pelos 100 anos: Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile".
Desta forma, manifestaram ao convidado de honra o desejo dos sul-americanos de voltarem a ser os anfitriões do maior evento do futebol mundial.
A volta da Copa do Mundo à América do Sul, graças ao triunfo da Argentina no Catar-2022, após 20 anos de monopólio europeu desde que o troféu ficou nas mãos do Brasil no Mundial da Coreia do Sul-Japão 2002, serve de suporte para a campanha.
— Se conversarmos e nos unirmos, temos a oportunidade para que a Fifa brilhe. Queremos a Copa do Mundo (2030) porque temos que honrar a história. Estamos nos preparando e estaremos prontos — disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, durante sua mensagem ao Congresso e com especial atenção a Infantino.
— Quero que encontrem o caminho para que todos possamos comemorar juntos na América do Sul os 100 anos da Copa do Mundo. Não é só a Copa do Mundo. É a Copa do Centenário — comentou o dirigente da Conmebol, aplaudido pelo público em sua sede permanente em Assunção.
Domínguez pediu para iniciar uma mesa de conversas com os presidentes das cinco confederações para convencê-los a ceder o lugar à América do Sul em comum acordo.
—Queremos que uma mesa de diálogo se abra através de vocês. Queremos dialogar e dar uma chance à história— enfatizou.
Infantino respondeu: "eu gosto desse conceito 'vamos fazer isso juntos'".
—A Copa do Mundo de 2026 servirá para todos nós como uma experiência para 2030. Temos muitos desafios no futuro, mas todos são lindos. Há um grande interesse do mundo em organizar (o Mundial). A tarefa dos dirigentes deve ser essa: tentar unir, liderar, avançar juntos pelo bem do futebol na América do Sul e no mundo— disse o dirigente da Fifa.
Infantino elogiou a organização sul-americana, parabenizou a Argentina pela conquista do tri mundial e lembrou a magia de Pelé, Maradona e Messi, que foram considerados por ele "lendas do futebol".
* AFP