A Furia é a única equipe brasileira viva no Intel Extreme Masters Major Rio. Classificado para a segunda fase com uma campanha de três vitórias e uma derrota, o time terá a missão de buscar a classificação à fase final do torneio, onde jogará diante de quase 20 mil pessoas, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro.
Aliviado com a classificação, Andrei "Art" Piovezan, capitão da equipe, falou sobre a experiência de disputar o campeonato mundial no Brasil. Em entrevista à GZH, o gaúcho explicou que o grupo carregava nas costas a pressão de conseguir a vaga para a segunda fase do Major, após não ter apresentado o rendimento esperado no Road to Rio, campeonato classificatório para a competição.
— Está sendo uma experiência maravilhosa. Posso dizer que tínhamos uma pressão de chegar no Legends Stage. Éramos um dos favoritos. Queríamos mais do que tudo vivenciar a segunda etapa do Major com o torcedor. É a melhor experiência da minha vida e a torcida brasileira é a melhor do mundo. Não tem muito o que falar — comentou.
Na estreia diante da BIG, equipe alemã, a Furia teve a oportunidade de ganhar o jogo com certa facilidade, porém foi surpreendida e acabou perdendo de virada. Após estar na frente do marcador por 15 a 8 no mapa da Vertigo, os brasileiros não conseguiram fechar o jogo e cederam o empate. Na prorrogação, os europeus venceram por 19 a 17.
A derrota, segundo Art, deixou lições importantes para a equipe. Ele afirma que as decisões tomadas por ele não foram as melhores, já que é o capitão do time e tem a responsabilidade de passar orientações para seus companheiros a respeito da estratégia que será adotada nos rounds.
— Começamos muito bem contra a BIG e o escorregão que tivemos na sequência do jogo foi por conta da pressão e por algumas decisões ruins. Não fui o melhor capitão que eu poderia ter sido e acabou que o nosso lado ofensivo (Terrorista) foi patético. Mas aprendemos com os erros, tanto que escolhemos jogar novamente esse mapa contra a Gamer Legion. Depois da BIG, a gente resetou e sabíamos que iríamos buscar a classificação jogo a jogo — revelou.
Antes mesmo da competição iniciar, a Furia já carregava a pressão de ser o melhor time brasileiro no torneio. Com classificação aos playoffs nos últimos Majors, as panteras chegaram para a disputa do mundial no Rio de Janeiro sendo a principal esperança de título para o Brasil. O capitão falou sobre a pressão, que pode ter atrapalhado a equipe no início do torneio.
— Cada um sente a pressão de uma maneira. Temos um sentimento de responsabilidade muito grande e isso se mistura com a emoção de querer muito vencer. O torcedor também quer muito ver a gente ganhar. Difícil dizer um motivo exato. Foi o primeiro jogo e a gente deu uma sentida, mas depois entramos com outra mentalidade e a torcida de fato se tornou uma voz de apoio e de confiança — avaliou.
Projetando a segunda fase da competição, o gaúcho de Canoas deixou claro o objetivo traçado pela equipe para a sequência do Major. Confiante após a classificação, Art falou que a Furia tem muito a mostrar ainda e que o objetivo é chegar aos playoffs para lutar pelo título.
— Podem esperar uma Furia muito mais preparada, muito mais sólida, com vontade de ganhar e sem medo de errar. Vamos ir com tudo e vamos dar o máximo para chegar nos playoffs e buscar esse Major para o Brasil — finalizou.