O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira (6), às 12h30 (de Brasília), para enfrentar a Argentina, pelas quartas de final do Campeonato Mundial masculino de vôlei. A partida será disputada na cidade polonesa de Gliwice e as duas seleções duelarão em busca de uma vaga nas semifinais contra o vencedor de Polônia e Estados Unidos, que jogarão na sequência, no mesmo local.
A seleção argentina chegou ao Mundial cercada de expectativas, afinal foi medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, inclusive com vitória sobre a equipe brasileira na disputa por um lugar no pódio. Porém, nas fase classificatória, o time de Marcelo Méndez por pouco não se despediu da competição, após perder suas duas primeiras partidas para Irã e Holanda, ambas por 3 a 2, e vencer o Egito, também em cinco sets, para avançar como um dos quatro melhores terceiros colocados. Já nas oitavas, diante da Sérvia, que vinha de três vitórias por 3 a 0, a Argentina fez uma ótima atuação e passou sem sustos para as quartas de final.
O histórico argentino em mundiais não é muito positivo e em 12 participações apenas uma medalha foi conquistada. Em 1982, quando sediou o evento, ficou com o bronze. De resto, as melhores participações ocorreram em 1990 e 2002, com eliminações nas quartas de final.
Com a supremacia do Brasil na América do Sul, com 33 títulos em 34 edições do campeonato sul-americano, a Argentina sempre revelou grandes nomes, que esbarravam nos duelos com o vizinho, exceções aos Jogos de Seul-1988 e Tóquio-2020, quando os hermanos garantiram o bronze vencendo os brasileiros.
Nos últimos anos, a equipe argentina voltou a crescer no cenário internacional sob o comando de um velho conhecido dos brasileiros. Marcelo Méndez, técnico de 58 anos, passou a dirigir a seleção de seu país em 2018, quando já estava em sua nona temporada no comando do Sada Cruzeiro. Na equipe mineira venceu três mundiais de clubes, sete sul-americanos, seis Superligas, seis Copas do Brasil e três Supercopas. Ele deixou o clube em março de 2021.
A base é a mesma que conquistou o bronze olímpico. O levantador Luciano De Cecco está entre os melhores do mundo e, aos 34 anos, defende o poderoso Civitanova, da Itália. Também no vôlei italiano está o central Agustín Loser, do Milano. O craque da equipe é o ponta Facundo Conte. O ex-jogador dos brasileiros Taubaté e Sada Cruzeiro tem grande experiência internacional. Depois de 15 anos jogando fora do país, está de volta para casa para defender o Ciudad Vóley, de Buenos Aires.
Os demais titulares são o oposto Bruno Lima, de 1,98m, que joga no Nice, da França. No país sede dos próximos Jogos Olímpicos, também atua o ponta Ezequiel Palacios (2,03m) do Montpellier. O outro central é Martín Ramos, do espanhol Las Palmas, enquanto o líbero é o aguerrido Santiago Danani, que atua no Warta ZanZawiercie, da Polônia.
Confira os jogadores da Argentina no Mundial:
- Levantadores: Luciano De Cecco e Matías Sánchez
- Ponteiros: Facundo Conte, Ezequiel Palacios, Luciano Palonsky, Jan Martínez e Luciano Vicentín
- Opostos: Bruno Lima e Pablo Koukartsev
- Centrais: Agustín Loser, Martín Ramos e Nicolás Zerba
- Líberos: Santiago Danani e Joaquín Gallego