A seleção brasileira de vôlei masculino somou a terceira derrota consecutiva na Liga das Nações ao perder por 3 a 1 para a Polônia nesta quarta-feira (22), em Sofia, na Bulgária. Os poloneses atropelaram na maior parte da partida, a primeira da segunda etapa da competição, e acumulou duas parciais de 25/16 e uma de 25/22. O único set vencido pelo Brasil foi o segundo, por 25/22.
O resultado negativo derrubou a equipe comandada por Renan Dal Zotto para a nona colocação da classificação do torneio, com seis pontos após duas vitórias e três derrotas. Os próximos jogos são contra Irã, na sexta-feira, e Bulgária, no domingo. Para avançar à fase final, a seleção precisa ficar entre os oito primeiros.
O Brasil entrou em quadra com Bruninho, Alan, Lucão, Flávio, Leal, Rodriguinho e Maique, na expectativa de uma "partida muito equilibrada, decidida nos detalhes", como avaliou Renan Dal Zotto antes do início da disputa, em entrevista ao canal SporTV. Tal equilíbrio, contudo, passou longe de dar as caras durante o primeiro set, dominado por uma atuação intensa dos poloneses.
Os adversários abriram logo 5 a 0 no placar e só viram o os brasileiros marcarem o primeiro ponto quando Bieniek errou um saque. Bem nos contra-ataques e nos serviços seguintes, a Polônia manteve a vantagem na faixa dos cinco pontos ou mais, entre pequenas variações para baixo, sem deixar o Brasil chegar muito perto. Após três pontos de bloqueio, cinco de saques e 12 de ataque (seis em contra-ataques), fechou a parcial com uma diferença esmagadora de nove pontos: 25 a 16.
Reação no segundo set
O Brasil voltou para o segundo set com o experiente Lucarelli no lugar de Rodriguinho e não deixou a seleção europeia repetir o domínio. Saiu perdendo por 1 a 0, mas virou com pontos de Leal e Alan, ficando pela primeira vez em vantagem no placar. Alan, aliás, ditou os primeiros momentos da reação brasileira. No momento em que a equipe vencia por 7 a 6, Leal era o único a ter pontuado além do oposto, autor de seis pontos.
Os brasileiros continuaram em vantagem, mas se viram ameaçados na reta final, quando Bieniek marcou no saque e deixou a diferença de um ponto no marcador: 20 a 19. No fim das contas, resistiram bem ao momento de pressão, elevaram a disparidade para três e fecharam o set com vitória por 25 a 22, graças ao décimo ponto de Alan, para selar a grande atuação.
Polônia volta a dominar no terceiro
A reação construída no segundo set não continuou na parcial seguinte. A Polônia começou vencendo e voltou a se impor com intensidade. Depois de deixar o Brasil empatar em alguns momentos durante os pontos iniciais, disparou e administrou a vantagem até fechar com 25 a 16 no placar, após explorar o bloqueio o brasileiro.
No quarto set, o cenário inicial foi ainda pior. Os brasileiros abriram 1 a 0, mas levaram a virada em seguida. A partir daí, a diferença foi aumentando e os poloneses colocaram 12 a 3 no placar pouco antes da parada técnica. Saques pesados da Polônia pareciam intimidar o Brasil, completamente entregue diante da agressividade polonesa. A postura mudou depois do 18º ponto polonês, e a reação veio. A diferença foi diminuída para dois pontos, com 23 a 21 na reta final, mas a seleção europeia não deixou a virada chegar e venceu por 25 a 22.
— Tivemos o retorno do Leal e do Lucarelli, que estavam sem jogar e neste jogo puderam colaborar. Com mais jogos, vão pegar mais ritmo. A Polônia impôs muita dificuldade no saque, e nós tivemos dificuldades no passe. Conseguimos jogar com mais fluidez no segundo set e no final do quarto set, que acabou sendo um pouco tarde. Agora, temos que pensar na Sérvia — comentou Renan Dal Zotto.
O oposto Alan terminou como o maior pontuador da partida ao contabilizar 19 acertos, 10 deles na segunda parcial. No time polonês, o ponta Kamil Semeniuk fez 18 pontos, um mais que o oporto Bartosz Kurek.
Seleção chinesa sofre com surto de covid-19
Também nesta quarta, a China, algoz do Brasil na primeira semana da Liga das Nações, enfrentaria a França nas Filipinas, mas não jogou porque teve um surto de covid-19 entre os atletas e perdeu por WO.
— A China não pôde colocar seis jogadores em quadra para a partida devido a circunstâncias médicas relacionadas à Covid-19. A FIVB confirma, portanto, o cancelamento da partida com uma desistência automática para a China, dando à França uma vitória por 3 a 0 — comunicou a Federação Internacional de Vôlei.