Correção: Jonas teve uma passagem intermediária pelo Valencia entre ter atuado no Grêmio e no Benfica, e não foi negociado diretamente entre o Tricolor e o clube português, como foi publicado até às 14h35min do dia 7 de janeiro de 2022. A informação está corrigida no texto.
O Ministério Público de Portugal investida possíveis irregularidades em 55 negociações de jogadores envolvendo o Benfica. Os negócios foram realizados entre 2010 e 2020, quando o clube tinha Luís Felipe Vieira como presidente. Destas transferências, 15 envolvem negócios com jogadores brasileiros. Entre eles estão os atacantes Jonas e Everton, comprados pelos Encarnados depois de passagens pelo time principal do Grêmio — Cebolinha foi comprado diretamente do Tricolor, enquanto Jonas teve uma passagem intermediária pelo Valencia.
Os outros brasileiros são Luís Filipe (ex-Palmeiras), Talisca (ex-Bahia), Jardel (ex-Avaí e Santos), Pedrinho (ex-Corinthians), Morato (ex-São Paulo), Lucas Veríssimo (ex-Santos), Lima (ex-Avaí e Santos), Pedro Henrique (ex-Anápolis), Gabriel (ex-Resende), Marçal (formado na base gremista, mas negociado ao Benfica pelo Nacional-POR), Emerson Conceição (ex-Lille e Atlético-MG), Guilherme Siqueira (ex-Atlético de Madrid) e César Martins (ex-Ponte Preta e Flamengo).
As informações da operação Cartão Vermelho foram publicadas pelo portal Uol. Apesar de algumas negociações terem sido feitas diretamente com clubes brasileiros, eles não estão envolvidos no possível esquema implementado por Vieira. O ex-dirigente chegou a ser detido no ano passado.
Os empresários portugueses Bruno Macedo e Ulisses Santos, o brasileiro Giuliano Bertolucci e o argentino Isidoro Gimenez também são investigados.
As acusações são de que ocorreram pagamentos e comissões indevidos aos envolvidos. A operação afirma que Vieira recebia de volta, através de empresas offshore e compra de imóveis, parte do valor envolvido nas negociações. Ao todo, teriam sido desviados cerca de 10 milhões de euros (R$ 65 milhões na cotação atual).