Robert Scheidt conquistou, nesta segunda-feira (15), em Ilhabela, o título de número 182 da carreira. O bicampeão olímpico sagrou-se campeão sul-americano da classe Star ao lado do proeiro Ubiratan Matos após uma disputa acirrada com a dupla Jorge Zarif/Arthur Lopes no litoral norte paulista.
— Estou muito feliz de ter vindo para o Brasil competir em Ilhabela e contente demais com essa conquista — disse o maior medalhista do Brasil em Olimpíadas.
A vitória de 2021 marcou a terceira conquista continental de Scheidt no seu retorno à classe Star, na qual tem três títulos mundiais e duas medalhas em olimpíadas, após dois anos de ausência. A última competição oficial havia sido o Campeonato Europeu de 2019. Os outros títulos sul-americanos de Robert foram em 2006, com Bruno Prada, e 2018, com Arthur Lopes, ambas no Rio. Na estreia da parceria com Ubiratan Matos, veio o tricampeonato. Agora, a vitoriosa carreira de Robert registra 90 conquistas internacionais e 92 nacionais.
Das oito regatas disputadas, Scheidt venceu três, chegou em segundo lugar em quatro e apenas na última prova terminou com um sexto, resultado considerado como descarte. No final, Scheidt e Matos conquistaram o título com 11 pontos perdidos, seguidos por Jorge Zarif/Arthur Lopes, com 13, e Mario de Jesus/Guilherme de Almeida, com 20.
— Tivemos condições excelentes para velejar em Ilhabela. Quatro dias de vento leste forte. O Sul-Americano foi muito disputado e tivemos uma briga intensa com a dupla do Jorge Zarif. No dia decisivo (nesta segunda), eles ganharam a primeira regata, quando sofremos uma punição, uma bandeira amarela, próximo da linha de chegada, e ficamos em segundo. Na outra prova, como tínhamos um descarte melhor, adotamos uma tática mais agressiva. Fomos mais para o match race (disputa barco a barco) e conseguimos atrapalhar a regata deles. Com isso, chegaram em quarto lugar e conseguimos ganhar o campeonato — disse Scheidt.
Robert revelou problemas no Star que exigiram espírito de superação da dupla
—Tivemos algumas avarias hoje, o que não ajudou, claro. Na primeira regata, a minha alça de escora, que é onde eu fico preso ao barco quebrou. Já na segunda prova, foi a do Bira que estourou. Mas conseguimos nos superar mesmo com esses problemas e estou muito feliz pelo campeonato que fizemos. E feliz também pelo trabalho do Bira para preparar o barco. Precisamos trocar o mastro e a vela depois do Campeonato Paulista e o regulamos novamente. Essa preparação entre as competições foi importante e evoluímos muito— comentou Scheidt, citando o estadual disputado em Ilhabela uma semana antes do Sul-Americano, o qual terminou com o vice-campeonato.