O debate sobre "o melhor de todos os tempos" no tênis masculino divide opiniões há anos, mas o americano Pete Sampras não tem dúvidas de que Novak Djokovic é o escolhido. O sérvio está empatado com Roger Federer e Rafael Nadal em 20 títulos de Grand Slams cada um e os fãs e especialistas continuam a discutir sobre quem deve ser considerado o melhor de todos.
Sampras chegou à conclusão. Djokovic, de 34 anos, o mais jovem dos três, tem sido incomparável em consistência e sucesso nos últimos anos e já conquistou o recorde de Federer de manter o número um do ranking mundial masculino na maioria das semanas. Este mês, o sérvio rompeu o empate com seu ídolo de infância Sampras, conquistando o número um do mundo no fim do ano, com um recorde de sete vezes.
— Sete anos, para ele, tenho certeza que ele vê isso como um bônus para todos os campeonatos que ele ganhou — disse Sampras, vencedor de 14 títulos de simples importantes antes de se aposentar após o Aberto dos Estados Unidos de 2002, ao ATP Tour local na rede Internet.
— Mas acho que ele vai apreciar mais à medida que envelhecer. Ele fez isso em um momento em que dominava dois dos grandes nomes, Federer e Nadal, e lidou muito bem com a próxima geração de jogadores - todos ao mesmo tempo — afirmou o norte-americano.
É exatamente isso que Djokovic tem feito no circuito: tirando proveito dos seus maiores rivais e também de suas contusões e 'ensinando' tênis aos mais jovens que, como ele um dia fez, almejam subir no ranking e se meter entre os principais tenistas do mundo.
— Eu acho que o que Novak fez nos últimos dez anos, vencendo os campeonatos, sendo consistente, terminando em primeiro lugar por sete anos, para mim é um sinal claro de que ele é o maior de todos os tempos — disse Sampras para quem o tênis mundial se curvou um dia.
Djokovic, que também conquistou o 37º título ATP Masters em Paris este mês, foi presenteado com o troféu de número 1 do mundo na segunda-feira em Torino, na Itália, após sua vitória sobre Casper Ruud da Noruega nas finais ATP de fim de temporada.
— Eu fui 'o cara' por muitos anos e ele tem sido 'o cara' ainda mais. Acho que ele tem sido mais consistente, ganhou mais eventos, tem mais majors. Eu poderia continuar falando sobre a carreira dele. Não acho que você verá (sete vezes números 1 do ano) de novo— concluiu Sampras.