O Brasil ratificou sua hegemonia no continente ao bater a Colômbia por 36 a 5 na final do Campeonato Sul-Americano feminino de Rugby Sevens 2021, no último sábado (13), em Montevidéu.
Com o resultado, as duas seleções garantiram participação na Copa do Mundo de Sevens, que será na África do Sul, de 9 a 11 de setembro de 2022. As Yaras já estiveram como única representante sul-americana nas edições de 2009 (Dubai), 2013 (Moscou) e 2018 (São Francisco) e agora irão acompanhadas das Las Tucanes colombianas.
Comandada pelo head coach Willian Broderick e pela capitã Luiza Campos, a seleção brasileira fez um torneio quase perfeito, com seis vitórias sem jogos, 264 pontos marcados dentro de campo, 42 tries e 27 conversões. Apenas Colômbia (5), Uruguai (12) e Argentina (12), que terminou em terceiro lugar no torneio, conseguiram vencer a defesa brasileira e anotar pontos.
Depois de vencer Las Teras do Uruguai na quarta rodada por 28 a 12, em uma das partidas mais duras do torneio, as Yaras não deram chance alguma ao Paraguai na semifinal e atropelaram Las Yacarés por 57 a 0. Um jogo praticamente perfeito das favoritas brasileiras, em que o largo placar foi construído por meio de solidez defensiva, várias recuperações de bola, troca rápida de passes e muita velocidade por todos os espaços do campo.
Na outra semifinal, a surpreendente Colômbia virou um jogo aparentemente perdido contra a Argentina, nos últimos dois minutos, com tries de Leidy Soto e Laura Diosa. A diferença mínima no placar (15x14) colocou Las Tucanes ao lado do Brasil na final e na Copa do Mundo, para desolação das incrédulas Las Yaguaretés portenhas, que tiveram o controle durante maior parte do tempo, sobretudo com a veloz abertura Sofia Gonzalez.
A final foi mais uma comprovação do favoritismo das Yaras no torneio. Nos primeiros sete minutos (duração de cada tempo na modalidade sevens), a equipe brasileira impôs seu rugby mais aguerrido, dinâmico e criativo, marcando cinco tries com Thalia Costa (3), Mariana Nicolau e Bianca Silva, além das conversões de Raquel Kochhann e Isadora “Izzy” Cerullo.
Na etapa final, a folga no placar foi preservada uma disciplina defensiva que chamou a atenção ao longo do torneio. Apesar dos penais cometidos, decorrentes da forte luta pela bola, as Yaras ainda marcaram um try com Marcelle Souza, completado por Izzy. No fim da partida, Leidy Soto marcou o try de honra das colombianas.
— Agradeço ser reconhecida pelo desempenho, mas nosso resultado é coletivo, vem de um trabalho forte com um grupo bem numeroso de atletas. Estamos muito contentes em representar mais uma vez o rugby sul-americano na Copa do Mundo e poder compartilhar os aprendizados do alto rendimento com as demais seleções do nosso continente — disse Bianca Silva, eleita pela Sudamérica Rugby como a melhor jogadora da competição.