A nona edição da Copa Brasil 2021 terminou neste sábado (16), na Escola de Vela Lars Grael, em Ilhabela, no litoral de São Paulo, com quatro dias de regatas e quase 200 participantes espalhados por várias categorias. Com objetivos diferentes, os atletas usaram o tradicional evento para trocar experiência e ganhar ainda mais ritmo de prova.
Primeiro evento de ponta no País após a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a Copa Brasil de Vela marcou retorno importantes como de Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino na classe Nacra e as novas duplas de 470, que para Paris 2024 serão formadas por um homem e uma mulher.
Outro destaque da edição 2021 foi a definição das vagas para o Mundial de Juventude de Omã. Um dos confirmados na competição de base foi Alex Kuhl, primeiro e único campeão mundial de Optimist. O garoto de Ilhabela venceu na classe 420 ao lado de Marcos Arndt.
— Classificamos para o Mundial então estou muito feliz. Eu e o Alex vamos descansar um dia e depois já voltamos para os treinos visando o Mundial para garantir o melhor resultado possível por lá — comentou Marcos Arndt.
Além deles, outras duplas garantiram seus lugares na competição que acontecerá no ano que vem. Lorenzo Ballestrin e Pedro Berenitiz (29er masculino), na versão feminina Gabriela Vassel e Larissa Oliveira. Já no 420, Joana Gonçalves e Luisa Madureira estarão no evento de Omã. Os adolescentes Pedro Madureira (ILCA), Isadora Dal Ri (ILCA), Thiago Rodrigues (Bic Techno), Roberto Cardoso e Julia Olliver (Hobbie Cat) e Rodrigo Moraes (Kite) confirmaram suas vagas.
— Nós da CBVela estamos muito felizes com a realização da Copa Brasil de Vela aqui em Ilhabela. Eu acredito que os melhores tenham vencido. Ilhabela é uma raia bem desafiante e leva os velejadores ao extremo. Tivemos um nível altíssimo e pudemos perceber uma evolução dos jovens e futuro da equipe olímpica se renovando com essas classes novas — disse Walter Böddener, gerente de eventos da confederação.
Último dia de regatas
O último dia de regatas foi desafiador. Com ventos fortes de até 24 nós, os velejadores tiveram que contornar o mau tempo e correr atrás do título. Experiência e concentração foram fundamentais no palco mais importante da modalidade do País, que é Ilhabela.
— Foi, de fato, uma Copa Brasil desafiadora para todos, incluindo velejadores, gerenciamento de regatas e juízes. Ventos muito variados, de diferentes quadrantes, culminando com a entrada da frente, um sudoeste bem forte, chegando a 24 nós — finalizou Walter.
A nova classe olímpica IQFoil contou com 12 participantes e foi vencida por Matheus Isaac, morador de llhabela.
— Quero fazer muito bem a campanha olímpica de IQFoil de Paris 2024. Foi muito bom participar da Copa Brasil de Vela em Ilhabela, que é a minha casa. Ganhei todas as regatas e estou muito feliz com meu desempenho — comentou Matheus.
Além dos jovens, a competição trouxe grandes nomes como os representantes de Tóquio 2020 Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino (NACRA), Ana Barbachan (470), que venceram as disputas em suas respectivas classes.
Ana Barbachan ganhou o 470 misto com Rodrigo Duarte, superando uma das favoritas, a baiana Juliana Duque. A campeã mundial de Snipe e medalhista pan-americana correu com Rafael Martins e ficou com o vice.
— Foi muito legal a gente ver que os velejadores experientes continuam contribuindo para o nosso esporte ser competitivo e ao mesmo tempo temos uma safra de atletas de altíssimo nível surgindo — disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
— A CBvela tem um papel fundamental no crescimento dos atletas. Temos investido muito no treinamento e no desenvolvimento dos velejadores de categorias de base para que a gente forme futuros campeões — explicou Daniel Azevedo, vice-presidente da CBVela.