O próximo domingo (11) marcará o retorno de Galvão Bueno às transmissões esportivas da Globo. Flamengo e Palmeiras se enfrentarão, às 11h, pela Supercopa do Brasil, em Brasília. Com 70 anos, o profissional estava afastado das atividades há 14 meses, por conta da pandemia do coronavírus, e só foi liberado pela emissora após tomar as duas doses da vacina contra a covid-19.
— Volto depois de 14 meses. Me perguntaram como estava me sentindo. Disse que não sabia, pois nunca havia voltado. Comecei como narrador em 1977 e nunca passei 15 dias sem fazer alguma narração. Então não sei como é voltar. Sei que vou me emocionar, que vai dar um frio na barriga. Na hora que acender a câmera, não sei exatamente o que vai acontecer, mas posso dizer que voltarei a fazer o que amo, o que é a minha vida — destacou.
Galvão foi vacinado em Candiota, no Rio Grande do Sul, onde tem residência fixa e mantém negócios. Apesar de ressaltar a emoção de voltar a fazer o que mais gosta, o narrador lamentou o grave momento vivido pelo Brasil em virtude da pandemia.
— Eu não queria voltar nestas circunstâncias. Eu não entendo porque ninguém pensou em transferir esse jogo para daqui a 15 dias. O momento é tão difícil. Tivemos hoje (nesta quinta-feira) mais de 4 mil mortes. Será que o mundo do futebol não poderia se colocar um pouco mais dentro do mundo geral e do sofrimento do mundo geral. Vou dar a alma e o coração, mas vou estar emocionado. Dos dois lados, de alegria e tristeza — pontuou.
Nesta quinta-feira (8), a Justiça Federal decretou a restrição de atividades não-essenciais no Distrito Federal, o que proíbe a realização de partidas de futebol. A CBF tenta reverter a situação.
Renato Portaluppi
O narrador também comentou a respeito do desempenho da dupla Gre-Nal que, na temporada anterior, ficou por detalhes de conquistar um título nacional. Além disso, Galvão falou sobre o futuro de Seleção Brasileira e revelou que, caso Tite opte por deixar o comando do Brasil ao final da Copa do Mundo de 2022, o escolhido para a função, na sua opinião, deveria ser Renato Portaluppi.
— Eu sei que isso var dar manchete, mas já disse outras vezes. Se me colocassem no lugar do cara que irá escolher o técnico, caso o ciclo do Tite termine ao final da Copa do Mundo do 2022, no Catar, se me dessem a oportunidade de escolher, o (próximo) técnico da Seleção Brasileira seria o Renato — opinou.