O brasileiro Bruno Soares terá um novo/velho parceiro de duplas na temporada de 2021. Pego de surpresa com a decisão do croata Mate Pavić de encerrar a atual parceria ao final deste ano, o tenista mineiro voltará a jogar com o britânico Jamie Murray, irmão mais velho do ex-número 1 do mundo Andy Murray, que foi seu companheiro entre as temporadas de 2016 e 2019.
— O Jamie ficou sabendo que a minha parceria com o Pavić havia terminado e pouco tempo depois recebi uma mensagem dele, avisando o interesse em retomar a dupla — disse Bruno Soares nesta quinta-feira (19).
Ao lado de Murray, o brasileiro conquistou dois títulos de Grand Slam em 2016: Aberto da Austrália e Aberto dos Estados Unidos. A dupla terminou aquela mesma temporada no topo do ranking mundial da ATP. No total, foram 10 títulos conquistados pela parceria mais bem-sucedida da carreira do brasileiro em 19 finais disputadas.
O time com Mate Pavić, que se iniciou na temporada de grama de 2019, rendeu os títulos no US Open deste ano e do Masters 1000 de Xangai, na China, no ano passado, além de finais em Roland Garros e Masters 1000 de Paris em 2020 e ATP 250 de Estocolmo, na Suécia, no ano passado.
A decisão do croata em terminar a parceria pegou Bruno Soares de surpresa.
— Tivemos uma conversa depois da final do Masters 1000 de Paris. O Mate expôs que tinha outros planos e que não queria continuar a parceria. Não concordo com nada do que ele expôs, nós estávamos indo muito bem, ainda mais com o título no US Open e a final em Roland Garros, mas vida que segue. Realmente fui pego de surpresa— revelou o ganhador 33 títulos no circuito da ATP.
Mesmo com o término da parceria, Soares e Pavić os dois continuam com chances de vaga nas semifinais do ATP Finals, que está sendo disputado em Londres. Nesta sexta-feira (20), eles enfrentarão o australiano John Peers e o neozelandês Michael Venus, às 9 h (de Brasília), para tentar a classificação.
— Vou pensar em 2021 depois. Agora estou focado no Finals e no número 1 — finalizou Bruno Soares, que luta por um título inédito na carreira, que poderá render a agora ex-parceria a condição de dupla número 1 do mundo em 2020.