Pela primeira vez na pandemia, a Seleção Brasileira voltou a reunir-se, depois de quase um ano. Tite chamou o time principal para iniciar a caminhada em busca de mais uma participação em Copa do Mundo, competição que teve o Brasil em todas as edições. O ineditismo de 2020, no entanto, apresentou um novo desafio ao treinador. Ele ressalta que as diferenças nos calendários nacionais faz com que cada jogador convocado estivesse em um nível de atuação.
— É desafiador em tempo de pandemia. Umas equipes voltando agora, outras antes — analisou, após a vitória sobre a Bolívia por 5 a 0 na noite desta sexta-feira (9), na Arena Itaquera, em São Paulo, pela primeira rodada das Eliminatórias.
— A amostragem que a gente tem é bastante diversa. Tentamos manter os atletas nas funções que eles já faziam, mas foi um quebra cabeça complicado — complementou
Desafio superado, com grande produção ofensiva. As surpresas em campo foram o lateral-esquerdo do Atlético Madrid, Renan Lodi e o volante do Aston Villa, Douglas Luiz. Ambos se apresentaram mais ao ataque do que fazem nos clubes, segundo o técnico. Outro que precisou ter sua postura em campo modificada pelo técnico gaúcho foi o artilheiro da noite, Roberto Firmino:
— Firmino não foi o mesmo do Liverpool, ficou na última linha aguardando. Fez dois gols e poderia ter feito outros dois. Conforme o jogo exige, a gente pode adaptar alguma característica.
Cinco gols, nenhum do camisa 10
Neymar assumiu função mais centralizada e com responsabilidade de distribuir a bola entre os atacantes. Coutinho e Firmino marcaram gols com passes do camisa 10, mas o astro do PSG não fez o seu. Tite não acha que isso seja um problema.
— Isso é espírito de equipe. Solidariedade e que todos tenham oportunidade. Futebol é um esporte coletivo — analisou, sendo mais específico:
— O importante é que fez um grande jogo. Gostaria que ele tivesse feito um gol? Gostaria, mas as assistências também foram muito boas.