Leonardo, diretor esportivo do Paris Saint-Germain, confirmou em entrevista ao Journal du Dimanche que o brasileiro Thiago Silva e o uruguaio Edinson Cavani, em fim de contrato, não vão renovar com o clube para jogar depois desta temporada.
"Foi uma decisão muito difícil", disse o dirigente em entrevista ao "JDD", que será publicada no domingo, cujos trechos foram publicados no site da publicação semanal.
"São jogadores que marcaram a história do clube: sempre nos perguntamos se devemos continuar juntos ou se é melhor evitar um ano a mais. As histórias foram tão bonitas. Mas, sim, estamos chegando ao fim. Tivemos que tomar uma decisão lógica, econômica ou em relação à geração que está por vir", continuou.
Este comunicado confirma as informações da imprensa publicadas nos últimos dias, evocando a saída do zagueiro e capitão brasileiro de 35 anos e do atacante uruguaio de 33, maior artilheiro da história do PSG com 200 gols.
Com perdas estimadas internamente em mais de 200 milhões de euros após o encerramento da Ligue 1 devido ao coronavírus, o PSG parece iniciar uma redução necessária em sua folha de pagamento superior a 300 milhões de euros. E tanto Thiago Silva quanto Cavani, dois símbolos do projeto dos empresários catari há vários anos no PSG, recebem salários milionários.
"Talvez estejamos errados, não sei, nunca há um momento perfeito", acrescentou Leonardo, deixando a porta aberta para uma pequena renovação do contrato dos dois jogadores para permitir que eles completem em agosto a campanha da Liga dos Campeões pelo PSG, interrompida em março, quando o time havia acabado de se classificar para as quartas vencendo o Borussia Dortmund (1-2, 2-0).
"A ideia é continuar competindo com eles até o final de agosto. Mas a maneira pela qual podemos conseguir isso ainda não está clara" legalmente, argumentou o dirigente.
Para outros jogadores em fim de contrato, como Thomas Meunier, Layvin Kurzawa e Eric Maxim Choupo-Moting, Leonardo também sugeriu que eles não seriam mantidos.
"A ideia também é parar por aí, mas temos que discutir nos próximos dois meses. Vamos tentar manter o grupo inteiro para a Liga dos Campeões", afirmou.
* AFP