Depois de dar uma entrevista no último final de semana que causou polêmica pelas declarações, o técnico Renê Simões tratou de explicar o que aconteceu em nova entrevista, dessa vez para o programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida. O treinador afirmou que a culpa foi sua por não ter contextualizado a sua frase de que a volta do futebol pode combater quadros de violência doméstica.
— Faltou eu contextualizar a situação. Do jeito que eu falei, precisava ter complementado a minha fala. Agressão à mulher é crime, tem de ser denunciada. Temos de estar alertas porque o momento é de muita pressão. Penalizei-me pelo que aconteceu. Comentei que um amigo meu havia agredido a mulher, mas não falei que foi ela que me procurou, que eu manifestei solidariedade à ela. Imagina se um genro meu bate em uma filha minha, ia ser uma coisa muito grave. Dói ter que comentar isso, mas é bom para que a gente alerte para essa questão — frisou, ao explicar a declaração em que dava a entender que a volta do futebol diminuiria os casos de agressão.
O técnico voltou, no entanto, a defender a volta do futebol no Brasil e relembrou as situações na Alemanha e na Inglaterra, onde Bayern de Munique e Liverpool foram campeões nas últimas semanas.
— A Alemanha voltou, foi legal ver o Bayern vencer dentro de campo, a mesma coisa na Inglaterra com o Liverpool. Eu tive o coronavírus, fiquei em casa, trancado, batendo na porta, não tendo contato com a minha esposa, higienizando o meu banheiro e meu quarto. Não tem um caso de jogador que tenha tido problema grave com o vírus, a maioria passa assintomático. O caso mais complicado que eu sei foi o do Dybala, que testou positivo duas vezes. Se é para parar o futebol, não pode ter supermercado, farmácia, posto de gasolina. Se é preciso cuidado com o cara que joga futebol, precisa ter cuidado com a pessoa do supermercado — completou.