O atacante Troy Deeney, capitão do Watford, recusou voltar a treinar com seu clube por temer levar o coronavírus para casa e infectar o filho recém-nascido. Nesta terça-feira (19), os clubes da Inglaterra retornaram aos treinamentos após acordo entre as equipes que disputam a Premier League nesta segunda-feira.
— Tínhamos que voltar nesta semana. Eu disse que não iria — revelou Deeney em um podcast esportivo, mostrando ser um fervorosos opositores à volta do futebol em meio à pandemia do coronavírus.
— Meu filho de cinco meses tem dificuldades respiratórias. Não quero voltar para casa e colocá-lo em perigo — justificou o jogador.
Nesta segunda-feira (17), os 20 clubes da Premier League votaram a favor de retomar os treinamentos "em pequenos grupos e respeitando o distanciamento social". O Campeonato Inglês, suspenso desde março , espera evoluir no futuro próximo para treinos com contato físico, antes de voltar a disputar a competição a partir de meados de junho e concluir a temporada.
O vírus, no entanto, segue ativo na Inglaterra, país com o segundo maior número de mortes por covid-19 no mundo, e testes regulares prometidos aos jogadores não são suficientes para tranquilizar Deeney.
— Vamos ser controlados e estaremos em um ambiente muito seguro, mas uma só pessoa pode contaminar o grupo. Não quero trazer (o coronavírus) para casa — argumentou o jogador, que vê incoerências na proposta da Premier League.
— Eu não poderei ir ao cabeleireiro antes de meados de julho, mas posso me juntar com 19 pessoas na área para disputar uma bola? Não vejo como isso pode funcionar — criticou.