Ex-jogador da dupla Gre-Nal e treinador campeão da Libertadores, pelo Atlético-MG, e do Brasileirão, pelo Palmeiras, Cuca acredita que o fim das contratações pode ser positivo. A medida é estudada por Inter e Grêmio como forma de reduzir os gastos quando o calendário do futebol for retomado.
— Fiz isso no Atlético-MG (em 2011). Estávamos na zona de rebaixamento, abri mão da concentração e o time deu uma arrancada. O ambiente estava muito tenso e achei que era necessário passar a responsabilidade para os jogadores. O processo de treinador só anda quando o jogador sente confiança. Conversamos internamente sobre o que o que aconteceria se alguém aparecesse na noite. “Pegamos e damos um pau nele”, eles falaram. O profissionalismo hoje é muito grande — defendeu Cuca em entrevista à Rádio Gaúcha.
Sem clube desde que deixou o São Paulo em setembro do ano passado, Cuca revelou que estuda trabalhar em outro país sul-americano. Ele afirmou que esteve próximo de acertar com o Colo Colo-CHI para a disputa da Libertadores.
— A única divergência que teve foi sobre dar uma reforçada para o time ter condição de passar da fase de grupos. Como não foi dada essa condição, resolvi esperar. Penso que é importante o treinador que sair agora fazer um bom trabalho. Com todo mundo de olho nos estrangeiros aqui, o brasileiro que sair também será bastante observado — declarou Cuca, que fez elogios aos estrangeiros que estão trabalhando no Brasil:
— O Sampaoli é um treinador muito tático. Quando se joga contra ele, não adianta olhar o último jogo porque ele muda. Você tem de trabalhar o seu time e não pensar muito no que ele vai fazer. Assim que conseguimos vencer o Santos com o São Paulo. Já o Jorge Jesus não tem essa versatilidade tática, mas ele mudou o estilo do Flamengo. Ele trouxe o estilo dele, de marcação pressão, a retomada da bola no campo de ataque. O Flamengo não era um time assim.