PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) - O Internacional não está otimista. O cenário que se avizinha após a paralisação nas competições é de crise. A necessidade de recuperar-se da falta de verba egressa da rotina normal de uma temporada, o time colorado suspendeu investimentos mais pesados no mercado da bola.
Se a situação financeira não era a ideal até a paralisação nas competições, ao menos era melhor do que o ano passado. O clube se via em processo de recuperação, já conseguia fazer algumas movimentações mais ousadas no mercado e tinha perspectiva de seguir atuando com algum potencial.
Nomes como o chileno Aránguiz e o argentino Cervi estavam no radar vermelho para o segundo semestre. Movimentações de bastidor já ocorriam com ambos como alvo. Mas o cenário mudou.
A paralisação nas competições traz prejuízo. A renda das partidas, verba de campeonatos, premiações, novos sócios, fluxo de venda de produtos, tudo está parado em razão da pandemia de coronavírus (covid-19).
Outra renda que é incerta, ainda mais agora, é a venda de jogadores. Com os mercados parados na Europa, a incerteza sobre as datas de janelas ou mesmo a conclusão de torneios, clubes recuam em investidas para compra. Sem dinheiro entrando, o Inter não consegue ter aporte para saída.
Desta forma, o Inter breca qualquer investida até que o cenário se normalize. Com jogadores sem atividade e ainda sem previsão de data para retomada de todo calendário, o clube se resguarda esperando meses complicados em diante, pela quebra no fluxo financeiro.
COUDET QUERIA ATACANTE
Antes da paralisação dos campeonatos, o técnico Eduardo Coudet havia pedido a contratação de mais um atacante para reforçar o elenco. Na avaliação dele, apesar da chegada de Gustagol, ainda era necessário mais um homem de frente para poder alternar titulares e reservas mantendo o modelo de jogo ideal. Contudo, agora o cenário é incerto e o investimento pouco provável.