A polícia da Bulgária afirma ter identificado 15 torcedores como responsáveis pelos atos de racismo vistos na partida da seleção do país contra a Inglaterra, na última segunda-feira (14). Seis deles foram presos, e os outros estão sendo investigados.
O jogo pelas Eliminatórias da Eurocopa, que acabou em goleada de 6 a 0 para os ingleses, foi parado duas vezes por cantos racistas vindos das arquibancadas contra jogadores negros da Inglaterra.
Para o confronto com os ingleses, o Estádio Nacional Vasil Levski já havia sido parcialmente fechado (5 mil lugares) por determinação da entidade, após manifestações prévias de racismo por parte da torcida local.
Jogadores ingleses também haviam dito, dias antes do duelo, que consideravam abandonar o jogo caso ouvissem manifestações discriminatórias. O ídolo do futebol búlgaro Hristo Stoichkov se revoltou em razão dos atos cometidos por seus compatriotas.
— Esses torcedores não devem ser autorizados a entrar no estádio ou (devem sofrer) até punições maiores — disse.
Pressionado pelo primeiro-ministro do país, Boiko Borissov, o presidente da federação nacional, Borislav Mihaylov, pediu demissão na terça-feira (15). No anúncio de sua saída, no entanto, não citou o ocorrido no estádio em Sófia ou qualquer outro ato de racismo.
Desde que o atual presidente da federação assumiu o cargo, em 2005, a Bulgária não conseguiu se classificar para nenhum dos principais torneios internacionais.