O calendário de 2020 divulgado pela CBF não agradou muito. Apesar da nova regra de parar os campeonatos nas datas FIFA, o Brasileirão e a Copa América vão se sobrepor e as equipes que tiverem jogadores convocados podem ser desfalcadas por até dez rodadas.
Os colunistas de GaúchaZH analisaram o novo calendário e deram as suas opiniões:
Maurício Saraiva
— O 2020 será parecido com 2019 nas ausências e nas queixas. A CBF promete normalidade a partir de 2021. Clubes endinheirados vão tentar compor elencos homogêneos pra não haver quebra quando das convocações. Os grandes e não tão ricos vão tentar o combo base/contratações cirúrgicas, sucesso como no Grêmio. Aos menores, o calendário apertado não fará qualquer diferença.
Pedro Ernesto Denardin
— Trará grande impacto. Serão 40 dias de afastamento dos jogadores, somando treinamentos e jogos. Serão jogadores convocados pela Seleção Brasileira e por todas as seleções do continente Sul-Americano. Neste momento, o Grêmio perderia três jogadores: Matheus Henrique, Everton e Kannemann. O Flamengo tem Arrascaeta, Berrio, Gabigol e Bruno Henrique. O Palmeiras, o Santos, o Cruzeiro, o Atlético Mineiro, o Atlético Paranaense. Todos perdem jogadores importantes o que altera a competição. E tem ainda as datas FIFA, que a CBF diz ter deixado livre. É meia verdade porque tem um jogo de Eliminatórias num dia e jogo no Brasileirão no outro dia. Só em casos de extrema necessidade estes jogadores poderão atuar por seus times.
Leonardo Oliveira
— O calendário desequilibrará o Brasileirão e muito. Serão nove rodadas no período da Copa América, mais as duas semanas de preparação. Ou seja, em pouco mais de um terço do campeonato, os clubes ficarão sem seus melhores jogadores, já que temos, além da cota de Tite, muitos nomes de outras seleções do continente.
Adroaldo Guerra Filho
— O novo calendário vai causar muito berro dos clubes como sempre. E vai, com certeza, prejudicar muita gente no Brasileirão.