Badalado na Europa, Alisson tem sido referência quando o assunto é excelência na meta. Vencedor da Liga dos Campeões pelo Liverpool e eleito melhor goleiro do mundo pela Fifa, o gaúcho de 27 anos concedeu entrevista ao site oficial da entidade, publicada nesta terça-feira (22), sem ficar em cima do muro ao escolher um favorito na Libertadores.
No final da entrevista, Alisson respondeu sobre qual clube sul-americano gostaria de enfrentar no Mundial de Clubes, em dezembro, no Catar:
— Sempre sonhei em enfrentar o Boca (Juniors), mas gostaria que fosse na Bombonera (risos). Acho que é um dos estádios mais incríveis do mundo. Adoraria jogar contra eles no Mundial de Clubes também.
Alisson ainda fez questão de citar o Inter, clube o que o revelou, mesmo sem ser perguntado diretamente. Foi o que fez quando questionado sobre sua expectativa para o Mundial de Clubes. O arqueiro lembrou do maior título da história do Colorado.
— Estou empolgado. O clube por onde passei quando mais jovem, o Inter de Porto Alegre, venceu de forma (o Mundial) incrível em 2006. Com a Libertadores, é o maior título que o clube conquistou em sua história. Desde então, esse torneio tem sido um objetivo meu e agora, felizmente, terei a chance de aproveitá-lo.
E, claro, que não poderia deixar de faltar uma opinião sobre o Grêmio. Um dos semifinalistas da Libertadores, Alisson foi político ao falar sobre uma possível vitória sobre o time de Renato no final do ano.
— Primeiro, temos de jogar com eles antes que possamos pensar em vencê-los (risos). Os quatro semifinalistas (da Libertadores) são muito bons. Adoro acompanhar a Libertadores. O padrão é muito alto. Quem se classificar para o Mundial de Clubes representará bem a América do Sul — finalizou.
Confira outros trechos da entrevista de Alisson:
Você foi reconhecido como o melhor goleiro do mundo em 2019. Como se sentiu ao receber esse prêmio?
Meus principais objetivos no futebol sempre foram voltados para a equipe. Obviamente, ajudar meu clube a conquistar títulos me permite aspirar a prêmios individuais como esses. Ganhar o melhor goleiro do mundo foi uma grande honra.
Você enfrentou dois candidatos muito fortes ao prêmio: Ederson e Ter Stegen. Quais qualidades eles têm que você gostaria de ter?
Eles são ótimos goleiros e atendem a todos os requisitos para a posição. O Ederson é incrível em lançamentos de longa distância, gostaria de ter isso. De Ter Stegen, gostaria de ter a explosão.
Você disse em várias ocasiões que está muito grato ao Jürgen Klopp pelo ótimo 2019. Como você o descreveria?
Ele é um treinador muito autêntico e é realmente do jeito que ele transparece. Ele sabe quando incentivar os jogadores e quando ser um pouco mais duro. É um grande motivador. Suas comemorações também ajudam a aliviar a tensão. Por exemplo, após nossa vitória contra o Everton, ele atravessou o campo e me deu um abraço. Foi um momento fantástico.
Qual é o segredo para permanecer no topo?
Além dos requisitos técnicos e físicos, nos quais acho que tenho um nível alto, para mim o mais importante é o lado mental. É essencial que o goleiro seja focado durante toda a partida. Você não pode relaxar por um minuto, ou pode ser fatal. O que eu mais trabalho é a minha concentração.
Em termos práticos, como você tenta melhorar?
Gosto de assistir a gols de todas as ligas para poder analisar o que faria de diferente na mesma situação. Também gosto de ver defesas, sempre fui muito observador. Tento aprender com o que outros jogadores fazem de certo e errado.