O Skank é, provavelmente, a banda mais ligada ao futebol no Brasil. Mineiros, Samuel Rosa e Henrique Portugal são cruzeirenses, Haroldo Ferretti e Lelo Zanetti, atleticanos. Divididos na paixão pela bola, os quatro são unidos na música. Agora, às vésperas de Inter e Cruzeiro, o assunto retornou. Henrique recebeu a reportagem de GaúchaZH e participou do programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida.
Apesar do mau desempenho no Brasileirão e de ter perdido o jogo de ida para o Inter, o músico se mostrou otimista para a partida de volta:
— Como cruzeirense, ainda acredito. Conto com a pressão emocional do Inter de ter perdido para o Flamengo.
Autor de livros sobre o Cruzeiro e ex-colunista sobre o clube no jornal O Estado de Minas, Henrique também recordou a história dos grandes confrontos entre Inter e Cruzeiro, que decidiram o Brasileirão de 1975, protagonizaram um 5 a 4 para os mineiros na Libertadores do ano seguinte, entre outros:
— Não existe jogo tranquilo. São sempre jogos duros, emocionais. A gente lembra da final, quando o Figueroa fez o gol e depois o Nelinho bateu as faltas que o Manga nem sabia para que lado iam e defendia mesmo assim.
Cruzeirense fanático, de ir acompanhar o time também fora de Belo Horizonte, como contra o River Plate pela Libertadores, ele lamentou não ter ido ainda ao novo Beira-Rio. E fez uma declaração surpreendente sobre Rogério Ceni:
— Confesso que quando jogador eu detestava ele. Fico muito feliz de o Cruzeiro ter sido o autor da última eliminação dele pelo São Paulo. Fui ao jogo do Morumbi e ao do Mineirão. Mas agora ele começa um trabalho, o Mano foi muito bem aqui. E agora o Rogério precisa reagrupar o pessoal.