RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O interesse do Flamengo em contar com o italiano Mario Balotelli já não é mais segredo para ninguém, mas as partes avançam nas tratativas e tentam fazer os ajustes necessários por um final feliz para a novela.
Após um contato inicial, no qual receberam um "sinal verde" de pessoas ligadas ao atacante, Marcos Braz, vice de futebol, e Bruno Spindel, diretor rubro-negro, avaliam até aonde vão as possibilidades do clube para que o negócio saia. O consenso na Gávea é de que os cariocas irão ao limite de suas capacidades na hora de apresentar uma proposta oficial.
O clube descarta a hipótese de indexar o salário de Balotelli em moeda estrangeira, algo que "atrapalha" nas conversas, já que o Real é uma moeda "fraca" para que uma transação deste tamanho se concretize.
Questões como tempo de contrato também estão sob a mesa, mas isso não deve ser empecilho para o acordo. Joga a favor dos cariocas a escassez de opções consideradas atrativas pelo "Super Mario", que está sem clube desde que saiu do Olympique de Marseille (FRA). Entusiasmado com a possibilidade de morar e jogar no Brasil, o jogador já foi informado de que terá de fazer concessões.
"É um grande jogador, tivemos contato. Ele demonstrou interesse em jogar no Flamengo, mas ainda não foi nada além disso. É um grande jogador, mas tem muita água para correr debaixo dessa ponte", despistou o presidente Rodolfo Landim.
Tão logo um acordo esteja mais próximo, a cúpula do Fla embarca rumo à Europa para formalizar a contratação. Neste novo "mochilão", o atacante Gabigol também vai entrar em pauta de negociações, visto que o empréstimo do camisa 9 termina no fim de dezembro. A intenção é discutir a permanência do centroavante, que tem direitos ligados à Inter de Milão.
Arrascaeta "abre as portas"
O centroavante ainda não veio, mas já é assunto no Ninho do Urubu. Questionado sobre o possível futuro companheiro, o meia Arrascaeta abriu as portas para o ex-Milan.
"É um jogador de muitas qualidades, vem sendo criticado por questões fora do campo, mas atuou em grandes times do mundo. Todos que chegarem podem acrescentar muito, vindo da Europa também", comentou o uruguaio.