A Folha de S. Paulo publicou nesta segunda-feira (29) uma extensa matéria sobre as dívidas de Ronaldinho e seus problemas com a Justiça. Segundo o jornal, o ex-jogador está com 57 imóveis bloqueados, quatro deles penhorados, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul por conta de uma multa ambiental no valor de R$ 9,5 milhões. Destes imóveis, apenas dois são localizados fora do Estado (no Rio de Janeiro).
A multa é referente à construção de um trapiche, sem licença ambiental, em seu sítio, às margens do Guaíba. O artefato mede 142 metros e termina em uma plataforma de pesca e foi apontado como irregular, em janeiro de 2012, pelo juiz Mauro Caum Gonçalves, da 3ª Vara Cível de Porto Alegre. Por este motivo, em novembro do ano passado, tanto ele quanto seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, tiveram seus passaportes apreendidos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
A reportagem também cita R$ 7,8 milhões em protestos em três cartórios na capital gaúcha, revelando que Ronaldinho ainda é cobrado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional por R$ 793 mil.
A Folha informou que teve acesso aos autos no Fórum de Porto Alegre e às decisões judiciais no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Porém, o advogado da família, Sérgio Felicio Queiroz disse que não comentaria o caso "porque está em segredo de Justiça".
— Com o município, não tem dívida ativa. Os IPTUs foram parcelados. Se você pesquisar na data de hoje, tem alguns meses que os protestos foram cancelados — declarou o advogado — Se ficou lá, é porque não cancelaram ainda. Tem 300 milhões de pessoas que podem ser protestados por causa do IPTU. São vários imóveis, e ele fez parcelamento de todos — concluiu.
A matéria relata ainda que procurou Ronaldinho e seu irmão, mas não obteve resposta. Por meio de sua auditoria-fiscal da receita, a prefeitura respondeu à Folha que, atualmente, Ronaldinho tem nove dívidas protestadas e não negociadas, cujo valor em aberto chega a R$ 7,88 milhões.
Aos 39 anos, o jogador revelado pelo Grêmio não atua profissionalmente desde 2015, tendo sido o Fluminense se último clube. Entretanto, a aposentadoria só foi oficializada em 2018.