SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Fluminense está nas quartas de final da Copa Sul-Americana. A equipe do técnico Fernando Diniz derrotou o Peñarol, do Uruguai, por 3 a 1, no Maracanã, e garantiu vaga na próxima fase da competição. Marcos Paulo, duas vezes, e Yony González garantiram a alegria dos tricolores. Viatri fez para os visitantes.
No primeiro confronto, o time das Laranjeiras já havia vencido por 2 a 1, com dois de Yony González.
O Tricolor, agora, aguarda o vencedor do confronto entre Corinthians e Montevideo Wanderes, do Uruguai. A decisão acontece na quinta-feira, no Uruguai, e o Timão tem vantagem após o triunfo por 2 a 0 no primeiro encontro.
QUEM FOI BEM: YONY GONZÁLEZ
Yony González se tornou o nome da classificação do Fluminense na Sul-Americana. O jogador, que havia marcado duas vezes no primeiro jogo, voltou a balançar a rede e foi importante na partida no Maracanã, ajudando, com velocidade, a equipe da casa a explorar os espaços deixados pelo Peñarol. Vale menção também para o lateral-direito Igor Julião, que deu assistência para o primeiro gol e conseguiu apoiar bastante o ataque.
QUEM FOI MAL: ALA ESQUERDA DA DEFESA DO PEÑAROL
A ala esquerda da zaga do Peñarol, que tinha o volante Trindade, o lateral-esquerdo Rojo e o zagueiro Enzo Martínez, não conseguiu se encontrar. Por ali, o Fluminense conseguiu achar espaço e criar diversas oportunidades de gol - os dois primeiros saíram por este setor do campo.
PRIMEIRO GOL NINGUÉM ESQUECE
O jovem Marcos Paulo marcou o primeiro gol como profissional. O atacante, destaque na base e que forma o "Casal Sub-20" com João Pedro, tem 15 partidas nesta temporada e três assistências. Ele abriu o placar logo no primeiro minuto do duelo desta noite (ainda balançou a rede mais uma vez, no início do segundo tempo).
FLUMINENSE: ATUAÇÃO COM TRANQUILIDADE
A equipe tricolor, que já tinha vantagem, conseguiu abrir o placar logo cedo, o que levou tranquilidade à equipe de Diniz. Com o time adversário pressionado e precisando ir ao ataque, a equipe tricolor conseguiu achar espaços e explorar as saídas em velocidade. Em algumas jogadas, o goleiro Muriel optou pelos chutões para frente. Como avisado pelo treinador, neste início de trabalho do arqueiro, ele está à vontade para optar pela forma de jogar que achar melhor e não necessariamente atuar com pés, algo que o treinador considera primordial.
PEÑAROL: TUDO OU NADA
Com mudanças em relação ao time titular do primeiro jogo, a equipe uruguaia precisava tirar a vantagem do Fluminense, mas a estratégia foi por terra logo na primeira jogada do duelo, quando o time tricolor abriu o placar e obrigou o Peñarol a ir "para o tudo ou nada".
Com o time tricolor podendo aguardar as investidas do adversário, os uruguaios até conseguiram ter mais posse de bola, mas não foram efetivos e Muriel teve poucos sustos. A equipe do técnico Diego López se mostrava ansiosa em concluir as jogadas e errava demais, fazendo com que poucas chances claras fossem criadas. As bolas paradas, então, passaram a ser uma alternativa. E foi assim que saiu o gol de Viatri - aproveitando rebote -, o único dos uruguaios na partida.
CRONOLOGIA DO JOGO
O torcedor tricolor que entrou atrasado não viu Marcos Paulo balançar a rede logo no primeiro ataque. O gol fez com que o primeiro tempo se transformasse em um Peñarol tentando avançar ao campo de ataque a todo custo e o Fluminense aproveitando os espaços.
Desta forma, algumas oportunidades foram criadas e, em uma delas, Yony González ampliou a vantagem, fazendo com que a vida do time uruguaio ficasse ainda mais complicada no jogo. O gol aconteceu depois de um belo passe de Pedro, que dominou e, sem deixar a bola cair, tocou no calcanhar.
O Peñarol assustou em uma cobrança de falta com bola alçada para área e em uma jogada veloz que terminou com a finalização Brian Rodríguez e defesa de Muriel.
Na volta do intervalo, o roteiro se repetiu. Marcos Paulo, novamente, deixou o dele logo nos primeiros minutos. O jovem aproveitou rebote do goleiro Dawson. A jogada começou com passe de Ganso, que achou Caio Henrique sozinho na área.
Com o placar favorável, o Fluminense conseguiu jogar mais na espera e aproveitando os erros do Peñarol que, mesmo tendo a bola, se mostrava muito frágil e sem criatividade. As jogadas mais perigosas vinham de escanteios e cobranças de falta e foi desta forma que os visitantes conseguiram chegar ao gol. Matías de los Santos bateu e a bola explodiu na barreira, no rebote, o mesmo Matías finalizou e mandou no travessão e, na volta, Viatri, sem marcação, concluiu de cabeça.
Após o gol, o Peñarol ameaçou uma pressão, mas voltou a esbarrar nas próprias limitações. O Tricolor, com a saída de Ganso e entrada de Bruno Silva, fortaleceu a marcação e a presença no meio, conseguindo voltar a ter o comando do jogo.
Ao fim, celebração da torcida do Fluminense. O time, agora, volta o foco para o Campeonato Brasileiro, competição em que se encontra na zona de rebaixamento.
FLUMINENSE
Muriel, Igor Julião, Nino, Digão e Caio Henrique; Allan, Daniel (Dodi) e Ganso (Bruno Silva); Yony González, Marcos Paulo (Pablo Dyego) e Pedro. Técnico: Fernando Diniz
PEÑAROL
Dawson, Giovanni González, Enzo Martínez, Formiliano e Rojo; Gargano (Matías de los Santos), Trindade, Lores (Acevedo) e Brian Rodríguez; Viatri e Cristian Rodriguez (Canobbio). Técnico: Diego López
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Auxiliares: Gabriel Chade (ARG) e Pablo Gonzalez (ARG)
VAR: Facundo Tello (ARG)
Público e renda: 31.820 pagantes e R$ 1.278.355
Cartões Amarelos: Marcos Paulo, Ganso e Bruno Silva (Flu); Cristian Rodríguez, Formiliano, Viatri e Canobbio (Pen)
Cartão Vermelho: não houve
Gols: Marcos Paulo, com 1 minuto do primeiro tempo (Fluminense), Yony González, aos 25 minutos do primeiro tempo (Fluminense), Marcos Paulo, aos 2 minutos do segundo tempo (Fluminense) e Viatri, aos 24 do segundo tempo (Peñarol)