O último dia da ginástica artística nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, foi emocionante para o Brasil. A equipe brasileira teve um dia praticamente perfeito ao subir ao pódio em quatro oportunidades na tarde desta quarta-feira (31). A melhor apresentação foi na barra fixa, com dobradinha de Francisco Barretto, que conquistou seu terceiro ouro no evento, e Arthur Nory, que ficou com a prata. Depois, Caio Souza foi prata nas paralelas, e Flávia Saraiva levou o bronze no solo.
Com 11 pódios na ginástica, a seleção brasileira deixa Lima com a sua melhor participação na história dos Jogos Pan-Americanos.
No Rio 2016, Chico foi quinto colocado na barra fixa e se consolida entre os grandes nomes da ginástica entre as Américas. Ele também foi campeão por equipes e do cavalo com alças no Pan de Lima. A diferença entre Chico e Nory foi de apenas 33 centésimos. Duas notas que, inclusive, os colocariam em pódios de Mundial e Olimpíada.
Caio Souza levou a prata nas barras paralelas
Depois de dois ouros, no individual geral e por equipes, Caio Souza conquistou sua terceira medalha no Pan de Lima: a prata nas barras paralelas. Apesar de ter sido o melhor na classificatória, o brasileiro cometeu alguns pequenos erros em sua apresentação e acabou em segundo lugar na categoria.
Com 14.366 pontos, ele só não foi melhor que o mexicano Isaac Nuñez (14.433). O americano Cameron Bock (14.033) ficou com o bronze. Outro brasileiro na prova, Francisco Barretto ficou em oitavo lugar.
— Essa medalha significa que o trabalho vem sendo bem feito, que estamos nos preparando cada vez melhor para as competições e vamos ver isso refletido no Mundial. Essa medalha é para minha mãe. Ela gosta muito de paralela, deu até para ouvir os gritos dela na competição. É muito especial para mim poder estar com ela aqui — disse Caio Souza, após o pódio.
Flávia Saraiva conquista o bronze no solo
A carismática Flávia Saraiva esteve duas finais nesta quarta-feira (31). A primeira foi na trave, aparelho em que é finalista olímpica. Mas sofreu duas quedas e acabou em quinto lugar. No entanto, não se abalou para sua apresentação no solo.
Ela abriu a final do solo com tudo. Fez uma série quase cravada, levantou a torcida em Lima e conseguiu 13.766 pontos. A canadense Brooklyn Moors foi a campeã com 13.900. E a prata ficou com a americana Kara Eaker, com 13.800.
Na mesma prova, Thaís Fidelis teve problemas na aterrissagem da primeira acrobacia e acabou pisando fora do tablado. Com 12.966, acabou na sétima posição.