E o tão esperado bicampeonato de Arthur Zanetti nos Jogos Pan-Americanos não veio. Nesta terça-feira (30), em Lima, no Peru, o atleta entrou no Polideportivo de Villa El Salvador como o grande favorito à conquista da medalha de ouro nas argolas, aparelho onde já foi campeão olímpico em Londres 2012 e Mundial em 2012, além de ter uma prata nos Jogos Rio 2016 e vice-campeonatos mundiais e outra no Pan de Guadalajara-2011. Porém, nem toda sua experiência e currículo foram suficientes.
Com uma apresentação abaixo da que teve no Mundial de Doha 2018, quando obteve 15,100, o brasileiro cometeu pequenos erros que lhe custaram o lugar mais alto do pódio. No final, os 14,400 foram suficientes para lhe garantir a prata, atrás de Fabián de Luna, do México, que até os 18 anos competia pelos Estados Unidos, já que nasceu em Chicago e é filho de mãe norte-americana e pai mexicano. Ele foi o primeiro a se apresentar e conquistar uma nota 14,500 dos árbitros.
O bronze foi para o argentino Federico Molinari, com 14,066 mesma nota obtida por Caio Souza, campeão do individual geral. Com uma nota de dificuldade menor (5,900) contra (6,000) do brasileiro, o ginasta da Argentina assegurou o lugar no pódio.
Zanetti estava visivelmente incomodado com sua atuação desde o final de sua apresentação. Enquanto aguardou os outros seis atletas se apresentarem, o brasileiro conversava e era consolado pelo técnico Marcos Gotto. Comparado ao Mundial, o desempenho do brasileiro em Lima não lhe daria sequer o bronze, ganho pelo italiano Marco Lodadio, com 14,900.
No mesmo momento aconteceu a prova das barras assimétricas, onde as brasileiras Lorrane Oliveira e Carolyne Pedro finalizaram na quarta e sétima posições, respectivamente. O pódio foi composto pelas norte-americanas Riley McClusker, ouro, e Leanne Wong, prata, além da canadense Ellie Black.