A Argentina entra na última rodada da Copa América precisando vencer o Catar neste domingo (23), na Arena do Grêmio, para avançar de fase. Com apenas um ponto em dois jogos, o time de Messi corre o risco de uma eliminação vexatória. Ao menos o curto histórico do camisa 10 em Porto Alegre joga a favor dos argentinos. Na única vez que "La Pulga" esteve em gramados gaúchos, o resultado foi positivo.
Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Os hermanos, treinados por Alejandro Sabella, entraram na última rodada com seis pontos, já classificados. Um empate contra a Nigéria, então com quatro, garantia a liderança do Grupo F. Os vizinhos atravessaram em peso a fronteira para assistir ao duelo no Beira-Rio, ou mesmo espalhados pela capital gaúcha.
Em campo, o jogo foi movimentado. O início, eletrizante. Em três minutos, Messi abriu o placar para a Argentina, no rebote de chute de Di Maria, e Ahmed Musa empatou para a Nigéria. Os argentinos tinham as melhores chances, especialmente em tentativas de fora da área. O camisa 10 quase marcou em cobrança de falta, mas o goleiro Enyeama evitou. Na segunda chance em bola parada, já no fim do primeiro tempo, Messi marcou em uma cobrança categórica.
O começo da etapa final foi agitado como foi na inicial. Aos dois minutos, em jogada bem trabalhada, Musa, de novo, recolocou os nigerianos em igualdade no placar. Aos cinco, porém, mais um gol. Após escanteio, o lateral-esquerdo Rojo, mesmo desajeitado, empurrou a bola para a rede. Argentina à frente mais uma vez. Aos 17 minutos, Messi foi substituído por Ricardo Alvarez. Antes de sair, aplausos mútuos entre ele e a torcida argentina, em massa no Beira-Rio.
A atuação de Messi em solo gaúcho foi histórica. Até hoje, foi a única vez que o craque marcou duas vezes em uma partida de Copa do Mundo. Passados quase cinco anos de sua primeira passagem por Porto Alegre, o camisa 10 retorna mais experiente, com mais recordes batidos e uma Bola de Ouro a mais na conta.
Pela seleção, o tempo que passou foi de duras derrotas para Messi. Além da perda da própria Copa de 2014 na final para a Alemanha, dois vices seguidos de Copa América para o Chile, e campanha abaixo do esperado no Mundial da Rússia, em 2018. Agora, o gênio argentino precisará de mais um bom desempenho na capital dos gaúchos para seguir sonhando em conquistar um título pelo time principal de seu país, que, até o momento, nunca veio.