O rival da Seleção Brasileira nas quartas de final da Copa América foi definido na noite desta segunda-feira (24). Com o empate entre Equador e Japão, ambos foram eliminados, classificando o Paraguai para encarar a equipe de Tite na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, na próxima quinta-feira. Os paraguaios avançaram com apenas dois pontos em três partidas no Grupo B. O Japão teve a mesma pontuação, mas saldo de gols inferior.
Em 2011, o Paraguai também havia passado de fase sem vencer. Na ocasião, empatou os três jogos, sendo um dos melhores terceiros, como na atual edição. Nas quartas de final, como agora, enfrentou o Brasil, levando a melhor nos pênaltis após empate sem gols no tempo normal.
A equipe é treinada pelo argentino Eduardo Berizzo, que assumiu o comando da seleção após o pedido de demissão de Juan Carlos Osorio. O colombiano, ex-técnico do São Paulo, se desligou após apenas um jogo, alegando motivos familiares. Desde então, o retrospecto de Berizzo é negativo. Em sete partidas, entre amistosos e Copa América, são três derrotas, três empates e somente uma vitória.
— Das seleções que eu vi na Copa América, tirando Equador e Bolívia, (a seleção paraguaia) é a pior que eu vi. Tecnicamente e taticamente. Não é uma equipe constante, não tem regularidade. O grande cara é o Miguel Almirón. Esse cara é diferente — analisa Leonardo Oliveira, colunista de GaúchaZH. — Acho que o risco (de eliminação) é pequeno, talvez se o Brasil sentir o jogo, mas tecnicamente é muito superior — completa.
Até o momento, Berizzo utilizou o esquema 4-2-3-1, mesmo tendo feito cinco modificações do jogo contra o Catar para o duelo contra a Argentina. O zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, não atuou na estreia por suspensão, mas retornou na condição de titular. O meia Derlis González, do Santos, conquistou uma vaga entre os 11 inicial, assim como o volante Richard Sánchez, autor do gol contra o time de Messi no Mineirão.
A equipe joga com dois volantes de movimentação (Rodrigo Rojas e Sánchez), dois extremos pelos lados (Matías Rojas e Derlis González) e o meia-atacante Miguel Almirón. Grande destaque dos paraguaios, o jogador do Newcastle é quem pode desequilibrar com velocidade e passes de ligação para o centroavante, o veterano Óscar Cardozo. Apesar disso, a Seleção Brasileira aparece com amplo favoritismo.
— A seleção (paraguaia) não evoluiu nada do fracasso das Eliminatórias, quando chegou em sétimo lugar. Diante do Brasil certamente se fechará com linhas de cinco e quatro, deixando só o centroavante lá na frente. Os nomes dos homens de frente dizem muito de como é lenta a renovação. Óscar Cardozo é veterano, perto dos 40, e Santander, o reserva, embora mais jovem, está pesado. Fisicamente, a equipe cai no segundo tempo. Salvo fiasco retumbante, a Seleção passa pelo Paraguai — afirma Diogo Olivier, colunista de GaúchaZH.