O Brasil chega à Copa do Mundo feminina trazendo um retrospecto bastante preocupante: com nove derrotas consecutivas, o time comandado por Vadão estreará no Mundial neste domingo (9), quando enfrenta a estreante Jamaica, às 10h30min (horário de Brasília), em Grenoble.
O técnico, porém, demonstra otimismo antes da competição. Em entrevista exibida pelo canal SporTV, Vadão apostou na preparação como chave para conquistar bons resultados na França.
— Nós disputamos a Copa América em abril. Ali a gente conseguiu, por questão de logística, atletas (de equipes) da China, da Coreia, dos Estados Unidos. Elas não tinham campeonato no começo do ano, e a gente pediu para que os times liberassem para a fase de treinamento, como uma seleção fixa de três meses. Fomos para a Copa América voando, ganhando sete jogos, 100% de aproveitamento, conseguimos vaga para o Mundial e para a Olimpíada — disse.
— Quando fomos para esses torneios (posteriores) e tivemos insucessos nos resultados, tivemos uma parte do time que estava na Europa e uma parte que estava em férias. Agora, como todo mundo já voltou a seus clubes, elas estão no ritmo — acrescentou.
Para a Copa do Mundo, o treinador coloca a Seleção Brasileira no grupo de favoritas ao título, mesmo com os resultados adversos recentes. Mas reconhece que a lista de candidatas à conquista é grande.
— O grupo está maior. Mas o Brasil ainda está (nele) — explicou o treinador, que coloca como primeiro objetivo passar pela fase de grupos. A Seleção Brasileira está no Grupo C, ao lado de Austrália, Itália e Jamaica.
— Uma coisa importante é que estamos tentando recuperar atletas importantes. Temos que ser realistas: aumentou o número de concorrentes. A Austrália é favoritíssima (no grupo), a Jamaica é uma surpresa e a Itália cresceu muito nos últimos dois anos. O investimento italiano no futebol feminino foi muito grande — analisou.
Na disputa direta com a Itália pelo virtual segundo lugar na chave, Vadão lembrou do confronto com a equipe na decisão do Torneio Internacional de Manaus em 2016. Na época, o Brasil, sob o comando de Emily Lima, ficou com o título ao vencer a final por 5 a 3.
— Logo que eu saí, teve o Torneio em Manaus com a Emily. O Brasil ganhou a final com a Itália, tomou três gols, mas teve o controle. Agora, (a seleção italiana) melhorou muito. A briga vai ser boa — completou.