O jornalista Rafael Henzel, um dos quatro sobreviventes do acidente aéreo que levava a delegação da Chapecoense à Colômbia, e que vitimou 71 pessoas em 2016, morreu na noite desta terça-feira (26), após sofrer um infarto enquanto jogava futebol com amigos. Eduardo Florão, repórter do Globo Esporte, concedeu entrevista ao programa Estúdio Gaúcha direto do hospital em que o corpo do narrador se encontra.
— Ainda tem familiares chegando, todos consternados. É um clima de tristeza. Além de ele ser sobrevivente, também tinha muita repercussão aqui na cidade. Tinha um programa matinal sobre outros temas, não só sobre esporte, em que ele ajudava a resolver os problemas da comunidade. A tendência é de que o velório seja amanhã (quarta-feira, 27) de manhã. No primeiro momento, aberto para a família depois para a comunidade — disse.
Eduardo explicou que o futebol com amigos era algo rotineiro na vida de Henzel, e que as duas ambulâncias que foram socorrer o jornalista demoraram cerca de 15 minutos para chegar no campo, que fica afastado do centro. Ele foi levado de helicóptero ao hospital, que confirmou sua morte pouco depois.
— É aquela ironia do destino que você demora a entender. Ele teve um mal súbito, que não é algo normal para alguém de 45 anos, e ele sobreviveu a uma tragédia que vitimou 71 pessoas. A informação é de que ele não tinha nenhum problema cardíaco que pudesse leva-lo a óbito. É uma fatalidade que a gente custa a entender. Era um cara de muitos amigos. No Twitter dele, ele tinha a data de nascimento dele e a data do acidente, do renascimento — lamentou.