A vitória do Brasil diante da Argentina por 1 a 0 na cidade de Rancagua foi, provavelmente, o melhor jogo da Seleção Brasileira no Sul-Americano Sub-20. Porém, pagando pela campanha anterior marcada pela absoluta falta de inspiração, o resultado foi insuficiente para se classificar ao Mundial da categoria.
No entanto, quem vibrou muito foram os jogadores do Equador que assistiam o confronto nas arquibancadas do estádio El Teniente. Graças ao triunfo, a Tri faturou aquele que é o primeiro título do torneio em sua história.
Com isso, Argentina e Uruguai vão representar juntamente com os equatorianos a América do Sul nos Jogos Pan-Americanos de Lima além do Mundial enquanto a Colômbia ficou com o quarto lugar que dá direito somente a participar do Mundial.
Primeiro tempo
Mais aceso no jogo e trabalhando com a bola nos pés por mais tempo, o Brasil não sofria na defesa e tentava construir lances de perigo nos primeiros minutos. Contudo, faltava maior precisão justamente para concluir essas oportunidades, já que o goleiro Manuel Roffo vinha sendo pouco exigido.
Esse panorama se manteve até os 20 minutos quando, entendendo melhor a estratégia brasileira, a Albiceleste começou a se posicionar de maneira que o Brasil forçasse a dar “chutões”, entregando a posse quase que de graça aos hermanos.
Posicionada para apostar nos contra-ataques cedidas pelo adversário, a Argentina até tentava acionar jogadas nas costas dos laterais brasileiros Luan Cândido e Emerson. Contudo, a zaga da equipe de Carlos Amadeu estava atenta e conseguiu fazer a antecipação quando necessário.
Aos 39 minutos, um erro da defesa argentina acabou sendo fatal para o primeiro zero sair do placar em Rancagua. Após retomar a bola ainda no ataque, Igor Gomes cruzou rasteiro para Lincoln chutar e, após a defesa de Roffo, Santiago Sosa tocou com a mão na bola dentro da área, pênalti. O camisa 9 que atua no Flamengo esteve longe de bater com segurança, mas, mesmo com o esforço do goleiro, a bola entrou.
Na reta final da primeira parte, a Argentina até conseguiu ser mais incisiva nas bolas paradas, porém nada que mudasse o marcador até o apito marcando o intervalo do árbitro chileno Piero Maza.
Segundo tempo
O panorama seguia os mesmos moldes da etapa inicial com o Brasil apertando e a Argentina, apesar de precisar ser mais ofensiva mediante a perda momentânea da taça com o revés, seguia observando os espaços de seu oponente.
Lincoln, pelo lado brasileiro, e o meia Gonzalo Maroni, pelos hermanos, foram aqueles que chegaram mais perto de movimentar novamente o placar, mas a boa defesa de Roffo e a bola passando rente a trave esquerda de Phelipe acabaram evitando tal situação.
A pressão do Brasil para tentar chegar ao saldo necessário existiu, mas faltou tranquilidade e a finalização onde Jonas Toró, livre de marcação, carimbou o travessão de Roffo foi a personificação dessa ansiedade que se transformou em afobação.
Precisando apenas empatar para ficar com o troféu, os argentinos se atiraram para o ataque e quase marcaram de cabeça com o centroavante Facundo Colidil, mas a bola passou raspando a trave de Phelipe.