O Cruzeiro foi derrotado por 2 a 0 pelo Boca Juniors em Buenos Aires, nesta quarta-feira na partida de ida das quarta de final da Copa Libertadores, em jogo marcado por um erro constrangedor do árbitro da partida, que prejudicou o time mineiro com a expulsão de Dedé.
Embora tenha sido superior durante boa parte da partida, anotando seus gols com Zárate (35 minutos) e Pablo Pérez (81), o Boca Juniors teve sua vitória manchada pela arbitragem.
Aos 28 minutos do segundo tempo, quando o Boca vencia por 1 a 0, o juiz paraguaio Éber Aquino consultou o VAR para analisar um choque na área dos donos da casa entre o zagueiro Dedé e o goleiro Andrada.
Na imagem, o brasileiro e o goleiro chocaram cabeças ao dividir uma bola aérea, um acidente de jogo, mas o árbitro viu uma agressão de Dedé, expulso com cartão vermelho direto.
Sem Dedé, um de seus melhores jogadores na temporada, o Cruzeiro terá que lutar muito para reverter o placar no jogo de volta, no Mineirão no dia 4 de outubro, para tentar buscar a classificação às semifinais.
- Boca sai na frente -
O clima na Bombonera era tudo que se espera de um jogo em casa do Boca Juniors: torcida inflamada, ambiente hostil e muito barulho.
O primeiro tempo, porém, não acompanhou a festa da torcida argentina e se mostrou morno, com o Cruzeiro conseguindo segurar o ímpeto do Boca, principalmente na qualidade de Dedé, que anulava o rápido e habilidoso Pavón em todos os lances.
Enquanto o sistema defensivo funcionava, a armação de jogadas da Raposa deixava a desejar. Muitos erros de passes e pouca verticalidade ajudavam o Boca a retomar rapidamente a bola. Assim, os argentinos armaram uma pressão no fim do primeiro tempo e conseguiram chegar ao merecido primeiro gol.
Aos 35, Zárate tabelou com Pablo Pérez, apareceu livre na área mineira e tirou do goleiro Fábio com um belo toque de três dedos.
- Juiz rouba a cena -
Na volta do intervalo, o Cruzeiro conseguiu equilibrar a partida e se aproximar do empate, mas desperdiçou ótimas chances em cabeçada de Thiago Neves (47) e em finalização precisa de Rafinha (48) que Barrios tirou em cima da linha.
Mas a reação da Raposa se tornou praticamente impossível após a lambança histórica do árbitro, que, mesmo com o uso da valioso VAR, conseguiu enxergar uma expulsão de Dedé no goleiro Andrada em claro choque acidental de cabeças.
Com um jogador a mais e o adversário abalado emocionalmente, o Boca foi buscar um segundo gol de segurança e o encontrou a 15 minutos do apito final.
No lance, Jara arrancou pela direita e cruzou rasteiro, mas Edilson não conseguiu afastar o perigo. No rebote, Pérez apareceu na entrada da área para mandar uma bomba no ângulo de Fábio, que nada pôde fazer.
* AFP