O nadador americano Ryan Lochte foi suspenso por 14 meses por violar regras antidopagem, anunciou a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) nesta segunda-feira, após o atleta receber uma injeção intravenosa.
Apesar da USADA dizer que Lochte não estava usando substâncias proibidas, os atletas não estão autorizados a receberem injeções intravenosas como parte de um tratamento hospitalar. O nadador tem 12 medalhas olímpicas na carreira, sendo seis delas de ouro.
— Não tomava nada ilegal. Tudo era legal. Pode conseguir (nas farmácias) CVS, Walgreens, mas existem regras e é preciso obedecê-las — disse Lochte em coletiva de imprensa.
Em maio, o americano de 33 anos publicou foto nas redes sociais aplicando a injeção. A imagem fez a USADA abrir investigação, com a qual Lochte "cooperou completamente" segundo os oficiais.
"Lochte recebeu injeção intravenosa de substâncias permitidas em uma clínica de injeções com volume superior a 100 ml em um período de 12 horas, sem uma Isenção de Uso Terapêutico (AUT)", disse a USADA em comunicado.
A proibição foi retroativa a 24 de maio, data do tratamento, que segundo o nadador foi feito por precaução depois de sua esposa e filho ficarem doentes.
— Nunca tomei substância proibida e nunca tentei ganhar vantagem em relação aos concorrentes, colocando algo ilegal em meu corpo", disse o nadador. "Nunca violaria intencionalmente nenhuma regra antidoping. Por desgraça, trata-se de uma nova norma, não tão conhecida. Deveria ter sabido — acrescentou.
Lochte vai perder os campeonatos nacionais nos Estados Unidos, o Campeonatos Pan Pacific e o Mundial de 2019, na Coreia do Sul. Ainda assim, ele comentou sobre o desejo de participar da quinta Olimpíada de sua carreira, já que chegaria a Tóquio 2020 com 36 anos.
— Vou seguir treinando, tenho objetivos para 2020. Isto me dará mais fome ainda e certamente estarei lá — declarou.
Em 2016, Lochte ficou proibido de nadar durante 10 meses após afirmar que ele e outros três nadadores americanos foram assaltados quando voltavam para a Vila Olímpica, durante as Olimpíadas do Rio.
Com base em um vídeo de vigilância, a polícia brasileira determinou que o nadador teria inventado grande parte da história.
Em maio, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou Lochte por ter realizado falsa comunicação de assalto durante as Olimpíadas do Rio-2016, reabrindo o caso quase um ano após seu arquivamento.