A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra o nadador norte-americano Ryan Lochte, por informar um falso crime durante a Olimpíada Rio-2016. A pena prevista ao atleta é de um a seis meses de prisão ou pagamento de multa.
Na ocasião, ele e outros três nadadores disseram que tinham sido assaltados depois de uma festa no Rio de Janeiro. Contudo, câmeras de segurança de um posto de gasolina mostraram o grupo depredando o banheiro do local. Eles também agrediram funcionários do estabelecimento.
Em maio deste ano, o MP não havia aceitado a decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, que não entendeu a mentira de Lochte como falsa comunicação de crime, já que ele fez o relato durante uma entrevista a uma rede de televisão norte-americana e não diretamente às autoridades. O processo havia sido arquivado em julho de 2017.
O nadador foi embora do Brasil sem prestar esclarecimentos, mas, nos Estados Unidos, foi punido por 10 meses longe de competições. Segundo o MP, "a ação do denunciado trouxe sérias repercussões negativas à imagem do Brasil no Exterior, e provocou mobilização e despesas com atos de investigação completamente inócuos, uma vez que não houve o crime de roubo que o denunciado noticiou".
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda terá de decidir se o processo será arquivado novamente ou se continua tramitando na Justiça do Rio de Janeiro.
