Marlon Moraes sabe o que significa ter um cinturão. O fluminense de 30 anos foi campeão do WSOF, um evento expressivo de MMA nos Estados Unidos, entre março de 2014 e a sua ida para o UFC, em abril de 2017. Mas ele sabe que o peso do novo evento é muito maior.
Depois de nocautear Jimmie Rivera no último dia 1°, no UFC Utica, no estado de Nova York, o brasileiro se colocou em condições reais de disputar o título dos galos na maior organização do mundo. Antes, ele já vinha de vitórias sobre John Dodson, por decisão dividida, e Aljamain Sterling, por nocaute.
Em entrevista ao GaúchaZH, Marlon fala sobre a chance de recolocar o Brasil na trilha dos cinturões masculinos, a chance de encarar os melhores do mundo no UFC e a competitividade na categoria até 62 quilos.
O Brasil não tem nenhum campeão atualmente nas categorias masculinas. Você se vê como esse cara?
Com certeza. Estava na torcida para que o Rafael (dos Anjos) chegasse ao título novamente no último sábado, mas infelizmente não deu (foi derrotado por Colby Covington). Se tiver que ser eu, serei. Quero o cinturão, quero disputar o título em minha próxima luta, então posso ser esse cara, sim. Estou pronto para isso.
Você acredita que já está em condições de enfrentar os tops da categoria, como T.J. Dillashaw, Cody Garbrandt e Dominick Cruz?
Sem a menor dúvida. Confio em mim, em meu trabalho, em minha equipe. Não tenho a menor dúvida que posso bater qualquer um da categoria, seja ele quem for. Trabalho arduamente todos os dias para isso.
Como você analisa a vitória rápida e dominante contra o Jimmie Rivera, que estava invicto no UFC?
Fiz o que um cara que quer o cinturão tem que fazer: peguei um cara duro e me apresentei muito bem, vencendo rapidamente. É o que os fãs gostam, é isso o que o evento gosta. Tive uma grande performance, então mereço o title shot. O Jimmie é um cara muito perigoso, mas estudamos bem suas brechas e aproveitamos.
A diferença técnica do WSOF para o UFC é muito grande?
Sim, tudo no UFC é mais grandioso. Fui muito feliz no WSOF, escrevi uma história incrível por lá, e agora quero fazer o mesmo no UFC.
Você já se vê em condições de disputar o cinturão?
Com certeza. Me sinto pronto há muito tempo e tenho certeza que em breve minha hora vai chegar.
A categoria dos galos tem mudado frequentemente de campeão. Isso é benéfico para você?
Acho que sim. A categoria deu uma mexida grande, os campeões começaram a rodar. Tem muita gente boa na divisão. No top 15, todas as lutas são duríssimas. Como disse, tenho certeza que minha hora vai chegar.