
Na fria noite de terça-feira em Caxias do Sul, o Juventude travou. Não trocou passes, não achou evolução da defesa para o ataque e teve que suar muito para conseguir empatar o jogo com o Atlético-GO, em 2 a 2, no Estádio Alfredo Jaconi, pela Série B.
O resultado e o futebol não amenizaram as críticas do torcedores, que contestaram muito o técnico Julinho Camargo e a direção de futebol. As vaias desde o segundo gol adversário foram a tônica do segundo tempo e do pós-jogo. A relação arquibancada e vestiário é precária nesse momento.
O primeiro tempo foi gelado dentro de campo. A produtividade foi mínima e apenas uma chance para cada lado. O Atlético-GO foi bem na sua e saiu com vantagem. O time do técnico Julinho Camargo parecia ter uma outra postura, mais forte e veloz. Com 50 segundos, Queiróz já cabeceou na direção do gol.
Logo depois, aos quatro, Queiróz recebeu no meio de campo, passou por um jogador e arriscou da intermediária. Para fora. Aos 11, Tony arriscou de longe e sem perigo. Aí parou a equipe alviverde e piorou a situação.
Aos 13, Júlio César recebeu na intermediária e arriscou um chute para o gol. No meio do caminho, Jr Brandão saiu nas costas de Rafael Bonfim e dominou a bola. Enquanto a defesa parou pedindo impedimento, o centroavante não desistiu, concluiu no canto e fez: 1 a 0 Atlético-GO.
A partir do gol, os goianos apenas marcaram, duas linhas de quatro jogadores e esperaram por um erro. O Ju perdeu Elias, lesionado, aos 19 e teve o ingresso de Ricardo Jesus. Ele teve a melhor oportunidade alviverde da etapa inicial. O Ju construiu a jogada pela direita, aos 30. Após cruzamento da direita, Jesus concluiu na pequena área. O goleiro Léo teve um grande poder de reação e conseguiu defender a bola.
Um minuto depois, Jesus concluiu por cima do gol. Para fechar um tempo longe de morno, a melhor jogada alviverde veio aos 39. Com toque de bola, o time saiu da esquerda para a direita e Queiróz serviu Mattioni, que invadia a área. O lateral bateu fraco e em cima da defesa. Fim de primeiro tempo com muitas vaias para o time.
Na volta do intervalo, a primeira chance alviverde foi aos quatro. Queiróz concluiu por cima do gol o cruzamento feito por Mattioni. Foi só nos primeiro minutos. O que chamava a atenção era a tranquilidade do Atlético em tocar a bola e chegar com facilidade no seu setor ofensivo. Para sorte de Julinho e seus jogadores, que os goianos não pressionavam para ampliar.
Aos 20, Júlio César dominou na direita, com o peito, e chutou cruzado. Matheus teve que se esticar para evitar o segundo gol dos visitantes. O ensaio funcionou cinco minutos depois. Uma bola invertida da esquerda para direita, William escorou para Júnior Brandão, livre, tocar para o gol: 2 a 0. Os protestos tomaram conta de vez nas arquibancadas.
Aos 28, Brandão saiu em contragolpe e se desequilibrou na conclusão. Salvando, assim o Ju. Com o Atlético trocando passes, os protestos jaconeiros foram gritar "olé" a cada toque. Quando o alviverde dominou a bola, a vaia subiu. O ambiente ficou totalmente contra.
O Ju foi para o ataque. Aos 34, Ricardo Jesus recebeu de Maikinho, na esquerda da área, e bateu no cantinho. Gol. O som não foi de comemoração, mas de vaias: 2 a 1 para os goianos. A chance do empate veio aos 41. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Felllipe Mateus. Ele furou em bola e se lesionou.
No último minuto, em cobrança de falta, o empate veio. Tony ergueu bola na área e Rafael Bonfim apareceu no segundo poste para conseguir colocar a bola na rede. Fim de jogo: 2 a 2 e muitas vaias.