Confesso que, antes da estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, eu me pegava pensando, quebrando a cabeça, para achar QUALQUER lugar para nosso mito, Pedro Geromel, na zaga do escrete canarinho. Pensando com a razão, era muito mais lógico que ele disputasse posição com o titular, Miranda, pois atuam na mesma posição. Então, me dava conta que não tinha muito como, Miranda é bruxo do Tite, bom zagueiro,toda aquela coisa. No desespero, pensava em colocar Geromel até fora de posição, no lugar de Thiago Silva, que é um belo zagueiro, mas que não me agrada muito. Restava me conformar que um dos maiores zagueiros que já atuaram no Rio Grande do Sul passaria a Copa na reserva.
Toda essa história mudou na tarde fria de domingo (17), quando vimos uma das falhas de zaga mais constrangedoras dos últimos tempos, ainda mais tratando-se de Seleção Brasileira. A falha de Miranda lembrou muito aquela situação recorrente das peladas, quando o zagueiro, muitas vezes improvisado, marca a bola, e o atacante, mais esperto, faz o gol. Nas peladas, de boas, beleza. Mas, em Copa do Mundo, amigo?
E o pior: Miranda, que marcava a bola, não viu o atacante dar quase uma volta "olímpica" dentro da área, se posicionar entre os zagueiros e não fez menção de nada ao ser empurrado, aceitou o empurrão e viu o atacante suíço empatar o jogo, quase em cima de Alisson (bueno, também acho que foi falha do goleiro do coirmão, massss, fica para outra hora). Por isso, não tem como não declarar aberta a campanha: Geromel, imediatamente, no lugar de Miranda.
Há um tempo atrás, eu achava que os elogios da torcida ao Geromito eram um pouco demasiados, digamos assim. Mas, depois daquela atuação épica contra Cristiano Ronaldo, na final do Mundial de Clubes, em 2017, e do 2018 irretocável que ele fez, nada mais justo. E tenho outro argumento: não lembro de Geromel estar envolvido em um lance tão amador quanto o de Miranda. Troca logo, Tite, antes que seja tarde.