O Inter-SM está prestes a conquistar, pelo segundo ano consecutivo, vaga na fase de mata-mata da Divisão de Acesso. Basta vencer o Bagé, em casa, no próximo domingo. Além da boa campanha, ocupando a vice-liderança do Grupo A, o desempenho e o estilo de jogo da equipe chamam a atenção. O técnico Vinícius Munhoz trabalha bastante a valorização da posse de bola desde a saída com os zagueiros e o goleiro, e, muitas vezes, é comparado a Fernando Diniz, técnico do Atlético-PR.
Munhoz é discípulo de Diniz. Trabalharam juntos, durante três anos, no Grêmio Osasco Audax, quando Diniz começou a implantar suas ideias de posse de bola e jogo permanentemente apoiado, independentemente do setor do campo.
— Aproveitei muitas ideias dele. Há dois anos implantamos aqui em Santa Maria o jogo de controle e de aproximação. E vem dando certo — resume Munhoz.
O segredo para que um trabalho desses tenha sucesso, segundo o treinador, é planejar corretamente as contratações. Buscar atletas que se encaixem, especificamente, neste perfil de jogo. Por isso, o goleiro do Inter-SM, João Paulo, foi buscado da escola do Audax e tem sido um dos diferenciais da equipe.
— No início houve dificuldade de adaptação de parte do grupo e dúvidas por parte da torcida, mas, agora, todos estão confiantes. Perdemos as duas primeiras partidas e, quando os resultados não vêm através deste estilo de jogo, as críticas são maiores — afirma Munhoz.
Depois de enfrentar o Bagé no domingo, o último compromisso do Inter-SM na primeira fase será contra o Aimoré, em São Leopoldo. No momento, além de garantir a vaga, Munhoz quer colocar a sua equipe em condições de decidir em casa o mata-mata, já que o Inter-SM ganhou cinco e perdeu apenas uma, até agora, no estádio Presidente Vargas.
O discípulo de Fernando Diniz, que implantou o tiki-taka no coração do Rio Grande, já está feliz com o desempenho da equipe:
— Hoje o torcedor vê jogo de qualidade em Santa Maria. Ele compra um produto de qualidade.