Antes da partida de volta contra o Barcelona (ESP), o técnico Eusébio Di Francesco acreditava que a virada de sua equipe era possível. Na prévia daquela partida chegou a dizer "podem falar que é um milagre se quiserem, mas temos que tentar". A Roma (ITA) se vê agora na mesma situação para enfrentar o Liverpool (ING) na semana que vem. Novamente perdeu por três gols de diferença no jogo de ida, mas o final da partida, com dois gols nos 10 minutos finais, já mostrou que a volta pode ter o mesmo contorno dramático que foi visto nas quartas-de-final, quando reverteu um placar de 4 a 1.
Desta vez, no entanto, o treinador evita falar em milagre e prefere atribuir a responsabilidade de mais uma virada aos seus jogadores.
– Não falamos de milagre porque isso terá que ser feito com o nosso trabalho. Devemos acreditar porque jogaremos com nosso público e que nos ajuda muito. E sabemos que jogaremos contra um time diferente do que é o Barcelona – explicou.
Se o Liverpool é diferente do rival anterior e Di Francesco não quer apelar para o sobrenatural, não falta confiança para acreditar em uma segunda grande virada nesta competição.
– Nada está acabado e nós podemos dar a volta. Quem não acreditar pode ficar em casa. Me sinto o maior responsável, mas ainda estamos dentro da semifinal – afirmou.
Em casa, a Roma conseguiu ótimos resultados nesta Liga dos Campeões. Empatou com o Atlético de Madrid (ESP) e venceu seus outros quatro jogos, sendo que Chelsea (ING) e Barcelona perderam por 3 a 0, placar que classifica os romanistas para a final depois de 34 anos. Em casa, nenhum gol sofrido. O treinador, no entanto, admite que a equipe precisa de mais maturidade para avançar.
– Precisamos melhorar nossa mentalidade. Em jogos assim devemos estar mentalizados. E durante 40 minutos do jogo isso não aconteceu. O Liverpool foi melhor, e muito, durante 40 minutos no meio do jogo. Foi nossa primeira semifinal depois de três décadas, não estamos acostumados – reconheceu.
O técnico italiano acredita que sua equipe foi bem nos minutos iniciais e no final da partida, mas que perder tantos "duelos individuais", como definiu, foi determinante para 40 minutos fulminante dos ingleses.
– Não esperava sofrer gols tão rápido. Quando você perde tantos duelos no meio é difícil mudar o rumo do jogo. Perdemos muitas bolas no meio – reconheceu o treinador.