O domingo é dia de Super Bowl. Evento mais tradicional do esporte nos Estados Unidos, o jogo marca a final da NFL, liga profissional de futebol americano do país. A partida coloca frente a frente o New England Patriots, que tenta o seu terceiro título em quatro anos, e o Philadelphia Eagles, que tenta sair de uma fila de 57 anos sem títulos.
A decisão começa às 21h30min (de Brasília) e tem transmissão da ESPN na TV por assinatura e nos cinemas.
O maior de todos os tempos
Tom Brady já é o quarterback com mais vitórias totais e mais títulos de Super Bowl na carreira. O líder do New England Patriots tem a chance de buscar o sexto anel — em vez de medalhas, os esportes americanos premiam os atletas com uma joia — da carreira. Nos Estados Unidos, há muita discussão sobre quem é o melhor jogador da história — Joe Montana, Dan Marino, Peyton Manning e Jerry Rice são citados frequentemente. Mas é cada vez mais difícil argumentar contra a escolha de Tom Brady como o maior de todos.
O reserva que virou esperança
Nick Foles chegou a pensar em aposentadoria em 2016, quando foi cortado pelo Rams. Decidiu dar mais uma chance à própria carreira. Depois de um ano na reserva do Kansas City Chiefs, voltou ao Philadelphia Eagles em 2017 — ele já havia jogado no time entre 2012 e 2014. De repente, virou titular com a lesão de Carson Wentz, que sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho em dezembro. As atuações iniciais não foram brilhantes, mas Foles foi decisivo na final da Conferência Nacional, contra o Minnesota Vikings, e reforçou as esperanças dos torcedores do Eagles.
Técnicos
Quando Bill Belichick recebeu seu primeiro emprego em uma comissão técnica da NFL, Doug Pederson tinha apenas sete anos. Quando Pederson iniciou a sua carreira de treinador, em uma escola de ensino médio, em 2005, Belichick já tinha cinco títulos de Super Bowl — dois como coordenador defensivo do New York Giants e três como técnico principal do New England Patriots. Apesar das diferenças no currículo, os dois chegam ao Super Bowl bem cotados pelas boas temporadas a que conduziram seus times. Belichick é o treinador mais longevo da liga, já que está no cargo desde 2000. Pederson assumiu o Eagles em 2016.
A força da defesa
É comum colocar o foco dos jogos de futebol americano sobre os quarterbacks. Mas a defesa do Eagles é um porto seguro para o time — especialmente depois da lesão de Wentz. O time teve a quarta melhor defesa da temporada em jardas cedidas e pontos sofridos, enquanto o Patriots teve a quarta pior em jardas entre os 32 times. No entanto, a defesa de New England cresce na hora certa: é apenas a quinta que menos cede pontos.
Campanhas número 1 a caminho da história
Patriots e Eagles tiveram campanhas idênticas na temporada regular: 13 vitórias e três derrotas. Ambos ficaram na primeira colocação de suas conferências. Nos playoffs, New England eliminou Tennessee Titans e Jacksonville Jaguars, enquanto o Eagles passou por Atlanta Falcons e Minnesota Vikings. No lado histórico, New England Patriots pode se tornar, no domingo, o maior campeão do Super Bowl ao lado do Pittsburgh Steelers, com seis títulos. Mas o Philadelphia Eagles também pode escrever a sua própria história: campeão no formato antigo da NFL em 1948, 1949 e 1960, a equipe pode erguer o troféu do Super Bowl pela primeira vez.
A lei do ex
São 106 jogadores nos elencos ativos de New England Patriots e Philadelphia Eagles — 53 para cada lado. Deles, sete já defenderam as cores opostas. Do Patriots, o corredor Dion Lewis, o recebedor Danny Amendola e os defensores Patrick Chung e Eric Rowe já jogaram no Eagles. Do lado da Philadelphia, os ex-atletas de New England são o corredor LeGarrette Blount, o jogador de linha defensiva Chris Long e o linebacker Kamu Grugier-Hill. Blount chegou a ser campeão do Super Bowl duas vezes (temporadas 2014 e 2016), enquanto Long participou do título do Super Bowl passado.
O show do intervalo
A tradicional apresentação, que ganhou força com Michael Jackson em 1993, contará neste ano com um show de Justin Timberlake. O ex-vocalista do 'N Sync já participou de dois Super Bowls — primeiro com o N'Sync, em 2001. Depois, em 2004, foi artista secundário em um episódio que você certamente vai se lembrar: o show de Janet Jackson, que mostrou demais na edição número 38 da decisão. Outra curiosidade: este jogo também teve o New England Patriots, que venceu o Carolina Panthers por 32 a 29.