Após a negativa de alguns clubes e a opção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de não implantar o árbitro de vídeo, o técnico Mano Menezes, do Cruzeiro, se posicionou a favor da utilização da tecnologia.
De acordo com o treinador, o uso da ferramenta poderia sanar dúvidas importantes em uma partida, ajudando o árbitro. Mano, no entanto, também ponderou que deve haver uma mudança de postura por parte dos profissionais.
— É inevitável o avanço pra arbitragem de vídeo. E ela vai ser, se bem estruturada, algo que vai ajudar a dirimir dúvidas importantes dentro de um jogo. Não muitas, mas em lances capitais, lances importantes, vai ajudar o árbitro que hoje tem uma pressão muito grande e que, às vezes, nem sequer consegue acompanhar de tão perto determinados lances. Mas eles também têm que melhorar, porque eles ainda têm umas preocupações muito bobas: querem conversar com o treinador, querem chamar atenção de treinador... Não têm que chamar atenção de treinador, têm que apitar o pênalti quando é pênalti, têm que apitar aquele impedimento grosseiro do jogador que estava fora de jogo e veio pra cabecear.
O comandante fez questão de ressaltar que a melhora no trabalho da arbitragem é necessária, independente de poder contar ou não com o árbitro de vídeo.
— São lances importantes e fáceis de serem vistos que, aí, o treinador nem fala e não precisa ter aquele diálogo mais áspero como eles têm tanta preocupação quando o treinador levanta um braço que vai tirar a autoridade deles. O que tira a autoridade deles são os erros grosseiros que, em determinados momentos, eles cometem.
Vale ressaltar que a CBF queria que os clubes pagassem pela implantação da tecnologia. O custo estimado para os 380 jogos da Série A era de R$ 20 milhões.