O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, garantiu que o clube celeste irá pagar a multa de R$ 10 milhões ao Atlético-MG referente ao atacante Fred. O débito deve ser quitado nos próximos dias.
Quando o camisa 9 rescindiu o contrato com o Galo, havia a condição de que o centroavante não poderia jogar pelo rival. Caso fosse para a Raposa, Fred deveria pagar uma multa de R$ 10 milhões. Na ocasião, clube, jogador e representantes aceitaram o acordo, que foi assinado. Fred notificou o Cruzeiro sobre a existência da multa, por meio de um documento enviado à diretoria, mas o contrato foi assinado mesmo com essa pendência.
O mandatário cruzeirense afirmou que o pagamento só depende de detalhes jurídicos, mas que não há dúvidas de que a quitação vai acontecer.
— A multa vamos acertar (os detalhes) amanhã (terça-feira), com o nosso departamento jurídico. Eles já devem ter entrado em contato, também, com o Atlético-MG. Está tranquilamente certo. Vai ser pago pelo Cruzeiro. Não sei se será amanhã (o pagamento). São detalhes jurídicos. Não sei como se faz. Mas nós vamos pagar — afirmou o Wagner Pires de Sá.
O dirigente ressaltou que se comprometeu com Fred e irá assumir a dívida. Sobre a legalidade envolvendo a questão contratual do Atlético-MG com o atacante, o presidente se esquivou de fazer ponderações.
— Esse negócio de justiça é interessante. Eu não vou me intrometer, porque não sou advogado, sou economista. Minha formação é econômica. Acredito que pela legislação trabalhista existe algum impedimento para você colocar empecilhos a qualquer trabalhador de participar, de trabalhar. Esse é o lado jurídico. Há o lado de que nos comprometemos com o Fred que, se houvesse, por parte do Atlético, a cobrança da multa e se recaísse sobre ele esse ônus, nós assumiríamos. Vamos cumprir com a nossa parte — disse o mandatário.
A multa deveria ter sido paga no dia 17 de janeiro. No entanto, a diretoria cruzeirense decidiu levar a questão para o departamento jurídico. Na última sexta-feira, o Atlético-MG ingressou com uma ação na Câmara Nacional de Resolução de Disputas, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cobrando os R$ 10 milhões, valor previsto na rescisão de contrato do atacante com o clube.