A situação do atacante Paolo Guerrero ganhou mais um agravante nesta sexta-feira (10). A contraprova do exame antidoping ao qual o jogador foi submetido confirmou a presença de um estimulante da categoria S6. A informação foi confirmada pelo advogado Bichara Neto, que representa o atleta. A substância encontrada, mais uma vez, é a benzoilecgonina, que é um metabólico da cocaína, mas também pode ser encontrada no chá da folha de coca.
Como já era esperado, a Fifa negou suspender a punição provisória do atleta - suspenso por 30 dias - e marcou o julgamento do caso para o próximo dia 30. Até lá, a defesa do jogador terá de provar a tese de que houve uma contaminação desta substância estimulante num chá ingerido pelo jogador. Explica-se: se tivesse tomado um chá de folha de coca, Guerrero também seria considerado culpado.
Durante a semana, Guerrero se manifestou pelas redes sociais. Ele postou uma mensagem agradecendo pelo apoio dos fãs neste momento difícil e disse que 'a verdade será conhecida em breve'.
– Muito obrigado a todos pelo seu apoio! Confio que a verdade em breve será conhecida e eu retornarei aos campos para defender com meu coração e alma as cores do meu país – disse o jogador peruano.
O primeiro frasco do exame antidoping já tinha acusado o indício de uso de uma substância estimulante (S6) na partida entre Peru x Argentina, no dia 5 de outubro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O peruano segue em seu país resolvendo pendências e aguardando alguns desdobramentos do processo.
Caso a Fifa rejeite a tese da defesa de Guerrero, o atacante pode pegar um gancho pesado, de até quatro anos. Ele tem vínculo com o Flamengo até agosto de 2018 e negociava a renovação de contrato. Agora, porém, o cenário mudou.