Estarrecido, leio a notícia de que o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu liminar que torna inconstitucional o rebaixamento dos clubes que aderiram ao Profut, mas não cumpriram as contrapartidas previstas em lei.
Sim, isso mesmo, toda renegociação feita e discutida no Congresso Nacional para que os clubes paguem seus tributos e não contraiam novas dívidas fiscais e tributárias, agindo com responsabilidade, pode ir para o ralo.
A decisão ainda será analisada no pleno do STF e, para deixar mais claro, faço uma alusão aos julgamentos realizados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD): após expulsões no Campeonato Brasileiro, o jogador é julgado e pode ter sua suspensão automática ampliada ou não. O Profut ou poderá ser banido para sempre do futebol brasileiro, ou terá sua expulsão anulada e será retomado na próxima rodada.
Torcerei muito pela sobrevivência do Profut e acredito que cada brasileiro, amante do futebol e dos nossos clubes, deva fazer o mesmo. E além de torcer, precisa pressionar a mais alta corte do país e seus ministros do STF para que revoguem a decisão de Alexandre de Moraes.
O 7 a 1 não é mais realidade dentro de campo desde que Tite assumiu o comando da Seleção. Mas fora do gramado, ele segue com descobertas frequentes de obras superfaturadas na Copa de 2014, sem falar de alguns estádios que são verdadeiros elefantes brancos. E, claro, sem esquecer que parte da cúpula da CBF já está presa, e o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, não viaja para fora do país por medo de ser preso.
É preciso ressaltar também que temos bons exemplos de clubes, como o Flamengo, que, por décadas, foi o maior devedor entre os grandes brasileiros e, atualmente, é um exemplo de gestão a partir da posse do presidente Eduardo Bandeira de Mello. E o Profut foi parte importante dessa virada que vem acontecendo no rubro-negro carioca.
Afinal, ele é um avanço institucional na gestão dos grandes clubes do Brasil, que, de maneira geral, nos dão orgulho dentro de campo e muita vergonha fora dele. Se mantivermos uma legislação capaz de punir os clubes devedores com o rebaixamento, teremos gestões mais responsáveis, finanças mais saudáveis e, o principal, um futebol melhor jogado dentro de campo.